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IPCA-15 acelera mais que o esperado e sobe 0,90% em junho

Prévia da inflação oficial é puxada outra vez pelo comportamento dos preços dos alimentos, que subiram 2,30%

Por Reuters e Agência Estado
Atualização:

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu mais que o esperado em junho, puxada outra vez pelo comportamento dos preços dos alimentos. O indicador registrou alta de 0,90% em junho, seguindo a alta de 0,56% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 25. Veja também: Entenda os principais índices de inflação  Entenda a crise dos alimentos  O resultado veio acima das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado (0,72% a 0,81%) e foi também superior à mediana de 0,78%. No ano, o IPCA-15 acumula elevação de 3,67%. Nos últimos 12 meses, o avanço acumulado foi de 5,89%. O IPCA-15 é tido como uma prévia do IPCA, o índice que serve de referência para a meta de inflação do governo. Os produtos alimentícios subiram 2,30% em junho, bem acima da alta apurada em maio (1,26%) e contribuíram, sozinhos, com 0,51 ponto porcentual do IPCA-15 de junho (0,90%). No primeiro semestre, os alimentos já acumulam alta de 8,62%, com contribuição de 1,87 ponto para o IPCA-15 de 3,67% apurado no período. A maior taxa individual de junho ficou com o item carnes: alta de 5,35% e contribuição de 0,11 ponto porcentual para o IPCA-15 do mês. Segundo o documento de divulgação do IBGE, os aumentos "foram generalizados", nos alimentos, incluindo itens importantes na despesa das famílias, como o arroz (17,09%); batata inglesa (16,79%), tomate (8,60%), macarrão (4,89%), pão francês (3,43%) e refeição fora (1,55%). Ainda segundo o documento, com o resultado de junho, a refeição consumida fora do domicílio, com alta de 7,41% no acumulado do primeiro semestre, foi o item de maior contribuição individual no índice deste primeiro semestre do ano, com 0,28 ponto porcentual. A segunda maior contribuição no semestre ficou com o pão francês, cujos preços aumentaram 20,99%, contribuindo com 0,23 ponto porcentual para o IPCA-15 do período. Os resultados do IPCA-15 mostraram que o produtos não alimentícios passaram de uma variação de 0,36%, em maio para 0,50% em junho, acumulando alta de 2,31% no primeiro semestre do ano. Em junho, os destaques do grupo dos não alimentícios ficaram com o salário dos empregados domésticos (1,04%), artigos de higiene pessoal (1,26%), serviços bancários (3,47 %), gás de bujão (1,49%) e artigos para reparos nas residências (1,30%). A metodologia de cálculo é a mesma, apurando a variação de preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país. A diferença está no período de coleta, já que o IPCA mede o mês calendário.

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