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IPCA-15 de julho fica abaixo da previsão com impacto de queda nos preços de combustíveis

Prévia da inflação oficial subiu 0,09% no mês; no acumulado em 12 meses, resultado é o mais baixo desde maio de 2018

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, teve alta de 0,09% em julho, após ter avançado 0,06% em junho, informou nesta terça-feira, 23, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A principal contribuição para o resultado foi do grupo de transportes, que teve queda de 0,44% nos preços. O resultado ficou abaixo da mediana (0,13%) das expectativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam alta de 0,02% a 0,17%.

Gasolina ficou 2,79% mais barata, item de maior impacto negativo sobre o IPCA-15 de julho de 2019 Foto: Tiago Queiroz/ ESTADÃO

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O IPCA-15 acumula um aumento de 2,42% no ano. Nos 12 meses encerrados em julho, o indicador ficou em 3,27% - também abaixo da mediana de 3,31% em um cenário de projeções que iam de avanço de 3,18% a 3,36%. O resultado em 12 meses é o mais baixo desde maio de 2018, quando estava em 2,70%.

No grupo de transportes, que contribuiu com -0,08 ponto porcentual no IPCA-15 de julho, a queda foi puxada pela redução de 3,00% no preço dos combustíveis. A gasolina ficou 2,79% mais barata, item de maior impacto negativo sobre o IPCA-15, -0,12 ponto porcentual.

O etanol teve queda de 4,55% em julho, com contribuição de -0,04 ponto porcentual. Também ficaram mais baratos o óleo diesel (-1,59%) e o gás veicular (-0,49%). Os ônibus urbanos subiram 0,38%, devido ao reajuste nas tarifas de Belém. E os intermunicipais aumentaram 0,08%, com reajustes em Fortaleza e Porto Alegre. O ônibus interestadual teve elevação de 2,56%. Já as passagens aéreas aumentaram 18,10% em julho, item de maior contribuição positiva para a inflação, o equivalente a 0,07 ponto porcentual.

Três grupos pesquisados tiveram deflação

Três dos nove grupos do IPCA-15 tiveram deflação em julho. Além da queda de 0,44% nos transportes, recuaram os grupos de vestuário (-0,19%) e artigos de residência (-0,06%). As elevações de preços ocorreram em alimentação e bebidas (0,03%), habitação (0,43%), saúde e cuidados pessoais (0,34%), despesas pessoais (0,48%), educação (0,12%) e comunicação (0,14%). Em Saúde e cuidados pessoais, houve pressão da alta de 0,80% no plano de saúde, com contribuição de 0,03 ponto porcentual para a inflação. No grupo despesas pessoais, houve aumentos nos gastos com cabeleireiro (0,82%), empregado doméstico(0,24%), manicure (0,25%) e excursão (4,47%).