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IPCA de junho fica em 0,42% ante 0,21% em maio

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dobrou em junho, ficando em 0,42%, ante 0,21% registrado em maio. A principal contribuição para a alta foi dada pelo gás de cozinha, que foi responsável por 0,14 ponto percentual da inflação. Também contribuíram para a alta as tarifas dos ônibus urbanos. Os alimentos voltaram a apresentar variação positiva (0,08%) após uma queda de 0,59% em maio. A inflação acumulada no ano atingiu 2,94% e, em 12 meses, 7,66%. O INPC de junho ficou em 0,61%, contra 0,09 % em maio. Os preços administrados foram os vilões da inflação em junho. Apenas os reajustes do gás de botijão (9,02%) e dos ônibus urbanos (2,44%) somaram juntos uma contribuição de 0,26 ponto porcentual, ou mais da metade da inflação de 0,42% no mês. Câmbio A gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, disse que os outros principais impactos foram dados pela influência do câmbio sobre alguns alimentos, como óleo de soja (8%) e especialmente pelas passagens aéreas, com aumento de 6,79%. Outros impactos da alta do dólar nos alimentos ocorreram em derivados de trigo como o macarrão (1,36%) e na cerveja (1,26%, em consequência do reajuste do malte, vinculado ao dólar). O reajuste médio de 8,5% da telefonia fixa no dia 28 de junho, último dia da coleta de preços do IPCA, não apresentou influência significativa no índice do mês, já que o reajuste contabilizado foi de apenas 0,25%. O gás de botijão deu a maior contribuição para a inflação acumulada em 2,94% no primeiro semestre deste ano. Com reajuste acumulado de 32,41% medido pelo IPCA, o produto foi responsável sozinho por uma contribuição de 0,43 ponto porcentual na inflação. Outros preços administrados também apresentaram forte impacto no índice, como energia elétrica (10,23%) e ônibus urbanos (5,86%). As demais contribuições mais significativas para a inflação no semestre foram dadas pelas mensalidades escolares (7,27%), remédios (4,02%) e automóveis usados (6,16%). A gasolina, por outro lado, apresentou a maior influência negativa no período, com variação de -3,01%. Apesar dos três reajustes do produto computados pelo IPCA no primeiro semestre, a queda dos preços no início do ano, como resultado da abertura de mercado, acabou evitando um impacto positivo na inflação acumulada. Reajustes A inflação de julho medida pelo IPCA vai captar de forma integral reajustes importantes ocorridos no final de junho ou no início deste mês. A gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, lembrou que houve aumento médio de 8% na telefonia fixa no dia 28 de junho; reajustes na energia elétrica em São Paulo (14,24%) e Curitiba (10,96%) respectivamente no início de julho e final de junho; aumento de 6,7% da gasolina nas refinarias no dia 30 de junho; elevação dos preços do gás de cozinha (6,2%) em 5 de julho e, ainda, de 9,5% do óleo diesel no final de junho. Além desses reajustes dos não-alimentícios, os alimentos já começaram a reverter no mês passado, em consequência da entressafra que prossegue neste mês, a tendência de queda registrada em abril e maio.

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