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IPCA de maio é de 0,21%, diz IBGE

Por Agencia Estado
Atualização:

O IPCA de maio ficou em 0,21%, ante 0,80% do mês anterior, abril. O anúncio foi feito hoje pelo IBGE. Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-News da Broadcast, o serviço em tempo real para o mercado da Agência Estado, haviam previsto que o IPCA fecharia entre 0,22% e 0,40%. O índice, portanto, ficou abaixo da previsão mais otimista dos analistas. No ano, o IPCA acumula 2,51%, ante 2,42% de igual período em 2001. No total de 12 meses até maio, o IPCA acumula 7,77%. O INPC de maio ficou em 0,09%, ante 0,68% em abril. Segundo o IBGE, a queda do IPCA em maio deve-se, principalmente, à desaceleração do aumento dos combustíveis, que passou de 8,70% em abril para 0,50% em maio. Além disso, houve deflação de 3,67% do gás de cozinha em maio, que no mês anterior havia subido 8,74%. Também contribuíram os alimentos por conta do efeito da safra, que continuaram em queda de 0,59% em maio. Os destaques de alimentos foram feijão preto (-4,87%), frango (-3,55%) e ovos (-2,78%). Queda dos alimentos A queda nos preços dos alimentos em maio (-0,59%) foi a maior desde maio de 2000, segundo a gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. Além dos alimentos, a menor pressão dos preços de combustíveis e a deflação do gás de cozinha no mês passado explicaram a taxa de 0,21% do IPCA de maio, a menor desde outubro de 2000. Em maio de 2000, a deflação do grupo de alimentos havia sido de 0,67%. Segundo a gerente do IBGE, esta queda está ligada à oferta da safra. Eulina explicou que ao longo de 2001, ao contrário deste ano, não houve variação negativa nos preços dos alimentos, principalmente por causa de problemas climáticos, como a estiagem, e do avanço do dólar. Os dois motivos explicaram o aumento no grupo de alimentos de 0,36% em maio do ano passado. Um grupo de seis produtos responde por 57% da inflação acumulada de 2,51% até maio medida pelo IPCA. Pela ordem, as principais contribuições positivas nos primeiros cinco meses do ano são: energia elétrica (0,39 ponto porcentual), gás de cozinh (0,29 ponto), colégios (0,28 ponto), remédios (0,17 ponto), ônibus urbano (0,15 ponto) e automóveis usados (0,15 ponto). Neste grupo, a maior variação acumulada foi do gás de cozinha, em 21,45%, seguido pela energia elétrica, de 10,12%. Apesar dos aumentos da gasolina entre março e abril, o produto ainda registra a maior contribuição negativa pelo IPCA, com queda de 2,76% acumulada e peso de -0,12 ponto porcentual, o que demonstra que a redução de preços feita no início do ano não foi totalmente anulada pelos aumentos mais recentes.

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