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Ipea aponta que 60,5% dos brasileiros esperam melhora econômica

Região Sudeste se mantém como a menos otimista no País, mostra o Índice de Expectativas das Famílias

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast) e da Agência Estado
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Os brasileiros estão otimistas em relação à situação econômica nos próximos 12 meses. O Índice de Expectativas das Famílias, divulgado nesta segunda-feira, 27, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que 60,53% dos consultados esperam melhora na situação econômica no período. A pesquisa foi realizada em 3.810 domicílios distribuídos por 214 municípios em todos os Estados do País.O presidente do Ipea, Márcio Pochmann, disse nesta segunda que existe um maior otimismo entre as pessoas sem emprego, em relação àquelas que estão empregadas. Isso está relacionado aos benefícios concedidos pelo governo. Em todas as análises feitas pelo levantamento, os porcentuais de otimismo entre as pessoas que recebem algum tipo de benefício do governo superaram os porcentuais daqueles que não recebem. Em relação às pessoas que recebem benefícios do governo, Pochmann disse que a tendência de maior otimismo é natural, porque elas não dependem da dinâmica do mercado de trabalho. Nesse grupo, 75,72% estão otimistas com relação à situação financeira da família daqui a um ano. Entre as pessoas que não recebem benefícios, 59,18% esperam melhora. O índice geral fechou em setembro com 62,73 pontos, mostrando uma ligeira retração em relação ao índice de 62,75 pontos em agosto. Essa taxa, de acordo com Pochmann, mostra que de modo geral as pessoas estão otimistas, considerando uma escala de zero a 100 pontos. Por essa escala, classifica-se como grande pessimismo graduações de zero a 20 pontos; pessimismo, de 20 a 40 pontos; pessimismo moderado, de 40 a 60 pontos; otimismo, de 60 a 80 pontos; e grande otimismo, acima de 80 pontos.RegiõesA região Centro-Oeste, que apresentava a maior pontuação otimista das famílias em agosto (68,14 pontos), mostrou uma pequena queda em setembro, para 64,75 pontos, sendo ultrapassada pelas regiões Norte e Sul, com 65,29 pontos e 65,7 pontos, respectivamente. Enquanto isso, a região Sudeste se manteve como a menos otimista, com 60,27 pontos. Considerando a faixa salarial dos entrevistados, o maior grau de confiança na melhoria da economia do País ocorre entre as famílias com maior rendimento (acima de dez salários mínimos), com 65,89 pontos.As regiões que apresentaram maior otimismo em relação ao comportamento futuro da economia nacional foram as Norte e Nordeste, com taxa de 72,67% e 70,8%, respectivamente. Em contrapartida, as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul atingiram porcentuais de 51,58%, 54,33% e 52,79%, pela ordem. De acordo com Pochmann, as expectativas médias do conjunto das famílias em relação à situação econômica do Brasil nos próximos 12 meses apontam para manutenção de otimismo, com maior força entre as famílias de maior renda e entre os homens. Entre os jovens de 16 a 29 anos, 65,8% estão otimistas em relação à economia brasileira nos próximos 12 meses. Os menos otimistas, com 55,89%, são aqueles entre 40 e 49 anos.

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