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Ipea corrige: dados mostram melhora no trabalho

Por Glauber Gonçalves
Atualização:

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou uma correção em seu comunicado "PNAD 2009 - Primeiras Análises: O mercado de trabalho brasileiro em 2009", anunciado hoje. O acréscimo na população ocupada de 2008 para 2009 foi de 680 mil - e não de 715 mil conforme descrito no texto do comunicado e em nota enviada anteriormente. Segue novamente o texto, corrigido: Apesar dos efeitos negativos da crise financeira internacional no Brasil, como a ampliação da taxa de desemprego no ano passado, o mercado de trabalho avançou em aspectos qualitativos, apontou um comunicado divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O documento teve como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Enquanto o País viu a taxa de desemprego subir mais de um ponto porcentual em 2009 ante 2008, o grau de informalidade atingiu o menor patamar da década (48,45%) no ano passado. Para isso, contribuiu o fato de a variação absoluta nos postos de trabalho considerados protegidos (com carteira assinada, militares e estatutários) ter sido superior à variação de ocupados. No ano passado, houve aumento de 680 mil pessoas no bloco da população ocupada, abaixo do aumento de 2,5 milhões de pessoas registrado em 2008, ambos na comparação com o ano anterior. Além do reduzido aumento do número de pessoas ocupadas, outro fator que pode explicar o crescimento da taxa de desemprego para 9,1% no ano passado é que as pessoas teriam passado a procurar mais emprego, aponta o Ipea.EscolaridadeOutro dado revelado pelo comunicado foi o aumento de 15 pontos porcentuais na participação de pessoas com 11 anos ou mais de escolaridade na composição da força de trabalho entre 2001 e 2009. Para a faixa de até três anos de escolaridade foi registrada queda de 9 pontos porcentuais e para a de quatro a dez anos, redução de seis pontos porcentuais. De acordo com o comunicado, isso se deve à combinação da maior escolaridade dos entrantes no mercado de trabalho com a maior procura das empresas por trabalhadores mais qualificados.O comunicado mostrou ainda que o rendimento real médio de todos os trabalhos atingiu R$ 1.068,39 no ano passado, o maior valor desde 2001. O crescimento está relacionado ao aumento da participação de pessoas escolarizadas entre os ocupados, avalia o documento do Ipea. Segundo o instituto, o setor de transporte e a indústria foram os que mais sentiram os efeitos da crise no mercado de trabalho. Nesses dois segmentos, verificou-se um decréscimo da população ocupada de 3,5% e 2,2%, respectivamente. Os demais apresentaram crescimento, com destaque para serviços (7,1%), administração pública (4,8%) e comércio (2,5%).Embora tenha sido registrada elevação de 3,4% na massa de rendimentos entre 2008 e 2009, houve uma diminuição do ritmo de crescimento. Entre 2001 e 2009, esse agregado teve um aumento de 34,6%. De 2003 a 2009, a taxa média da trajetória de crescimento foi de 5,9% ao ano.

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