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Ipea destaca recuo da inflação, mas ressalta nível ainda alto

Por Agencia Estado
Atualização:

Nota de conjuntura divulgada hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a tendência da inflação, estimada a partir dos dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), voltou a apresentar queda em maio, a exemplo do que já vinha ocorrendo desde fevereiro. ?A última variação captada, contudo, foi mais intensa que nos meses anteriores, registrando queda de cerca de 1,5 ponto percentual?, diz a nota do Instituto, que é vinculado ao Ministério do Planejamento. O documento, divulgado na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que reavaliará os rumos da Selic, a taxa básica de juros da economia, defende que os dados positivos ?não podem obscurecer o fato de que a tendência ainda se encontra em patamar relativamente elevado, de 16,3% ao ano?. Ainda assim, ressalta, vale destacar a forte queda na tendência estimada para o Índice de Preços no Atacado (IPA), que se reduz de 21,9% em abril para 14,2% em maio. O IPCA de maio teve variação de 0,6%, acumulando 6,8% de variação no ano e 17,2% em 12 meses. Na comparação com abril, quando a taxa de variação foi de 0,97%, a desaceleração foi de 0,36 ponto percentual. A maior desaceleração ocorreu entre os produtos não-tradeables, cujos preços não são influenciados diretamente pelo comportamento do dólar. Para estes produtos, a taxa de variação entre os dois meses declinou de 0,58% para zero. Parte desse efeito deve ser atribuída à sazonalidade, em particular à reversão dos fortes aumentos de preços registrados no grupo de alimentos in natura (tubérculos, raízes e legumes e, em menor grau, hortaliças e verduras). Os preços de produtos tradeables, com preços influenciados pelo comportamento do dólar, por outro lado, continuaram crescendo a uma taxa próxima a 1% ao mês, enquanto os preços administrados reduziram a velocidade de aumento mas ainda se mantém em patamar elevado, a despeito da redução no preço dos combustíveis.

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