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Ipea esclarece que citações sobre CPMF são alternativas

Por Adriana Chiarini
Atualização:

A economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Monica Mora esclareceu esta tarde que as menções na Carta de Conjuntura do instituto a que a não-aprovação da CPMF pelo Senado obrigaria o governo a adotar uma combinação de corte de gastos, elevação de tributos e redução do resultado de superávit primário para a meta oficial "são alternativas que o governo teria". Ela disse que não há intenção do Ipea em recomendar o que o governo deve fazer, ou de prever o que o governo fará. Isso reflete uma mudança de postura do instituto, em relação à que existia até setembro, na divulgação do último Boletim de Conjuntura do Ipea, que trazia recomendações políticas. A pesquisadora comentou que o governo central tem hoje um superávit primário em 12 meses de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) que poderia ser deduzido dos investimentos federais previstos no Projeto Piloto de Investimentos (PPI). Com isso, a meta de superávit do governo central para o ano que vem seria de 1,7% do PIB. Além disso, o crescimento da economia traz aumento de arrecadação, o que também pode facilitar o ajuste fiscal pela rejeição da prorrogação do tributo no Senado. Ela afirmou, no entanto, que a perda dos recursos da CPMF trarão necessidades de "um esforço grande" e significa menos recursos para a saúde, na interpretação dela.

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