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IR: tabela sem correção prejudica contribuinte

Considerando o período de janeiro de 1996, quando ocorreu a última correção, a dezembro de 2000, a tabela do IR apresenta uma defasagem de mais de 35%. Por conta disso, vem aumentando a carga tributária para os contribuintes.

Por Agencia Estado
Atualização:

Desde janeiro de 1996, a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) não é corrigida. Mas muitos trabalhadores conseguiram reajuste salarial nos últimos cinco anos, obtendo muitas vezes apenas a reposição da inflação, ou até menos. Como a tabela do Imposto de Renda não foi corrigida durante esse período, o contribuinte passou a recolher mais imposto. Os mais prejudicados são os que perderam a isenção ou que pularam da faixa salarial em que a alíquota era de 15% para a de 27,5%. Quem não obteve reajuste salarial também está pagando mais. Isso porque continua pagando o mesmo valor nominal do imposto, mas uma parte da sua renda foi comida pela inflação. Nesse caso, se a tabela tivesse sido corrigida, ele poderia estar isento ou recolhendo menos imposto. Considerando o período de janeiro de 1996 a dezembro de 2000, a tabela do imposto de renda apresenta uma defasagem de mais de 35%, se os cálculos forem feitos pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Ampliado série Especial (IPCA-E) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mesmo indexador que corrigia a Unidade Fiscal de Referência (Ufir). Vale lembrar que o governo extinguiu a Ufir em outubro do ano passado. Veja no link abaixo o quadro preparado pela Gorin Auditoria Contábil como a falta de correção da tabela do Imposto de Renda permite que o Leão avance cada vez mais nos ganhos do trabalhador. É o caso, por exemplo, de um trabalhador que ganha R$ 1.606,41, tem dois dependentes, e recolhe na fonte mensalmente R$ 57,00. Se a tabela tivesse sido corrigida, esse trabalhador estaria isento do pagamento do IRPF. Um outro que ganha R$ 2 mil reais está recolhendo R$ 116,00 quando, na tabela reajustada, pagaria R$ 59,99.

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