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Israel e Mercosul fecham acordo de livre-comércio em Montevidéu

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Por Redação
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Israel e Mercosul vão assinar na segunda-feira um acordo de livre-comércio, o primeiro do bloco com um país de fora da América Latina. O acordo será assinado em Montevidéu por ministros de Israel e da Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai --os membros do Mercosul--, informou nesta sexta-feira a Embaixada do Estado judaico em Brasília. "Israel considera o acordo um importante passo para a criação de uma base de comércio com economias emergentes conhecidas como Bric (Brasil, Rússia, Índia e China)", acrescentou. O acerto chega em um momento em que a Venezuela espera que os Congressos do Brasil e Paraguai ratifiquem sua adesão ao Mercosul como membro pleno. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, que mantém uma estreita ligação com Irã, retirou no ano passado seu embaixador de Israel e comparou as operações militares israelenses no Líbano com as matanças de Hitler. Um diplomata do Mercosul disse à Reuters, pedindo anonimato, que o acordo com Israel não deve ser visto como uma motivação política, e sim como uma grande oportunidade de ampliar o comércio. O convênio Israel-Mercosul, que envolverá quase todo o comércio bilateral, acontecerá na reunião semestral do Mercosul, que começa na segunda-feira em Montevidéu. O comércio atual entre Israel e Mercosul é de 1,1 bilhão de dólares anuais. A Embaixada de Israel no Brasil indicou que os produtos industrializados, agrícolas e alimentos produzidos no Mercosul vão ingressar no mercado israelense sem pagar taxas alfandegárias. O Mercosul e Israel haviam fechado acordo há dois anos para dar início às negociações. (Reportagem de Guido Nejamkis)

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