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Itália: confiança das empresas cai mais em abril

Por CARLOS MERCURI
Atualização:

O índice de confiança das empresas declinou inesperadamente em abril para seu menor nível em mais de dois anos, uma vez que as perspectivas para a produção definhavam em meio a níveis já baixos de utilização da capacidade instalada.O índice de confiança da indústria manufatureira italiana caiu para 89,5 em abril, de 91,1 em março, o mais baixo desde outubro de 2009, informou o instituto nacional de estatísticas Istat. O dado de março foi revisado da estimativa preliminar de 92,1.A estimativa de 11 economistas consultados pela Dow Jones era de que o índice da terceira maior economia da zona do euro permanecesse estável neste mês.Esse recuo da confiança das empresas se segue à divulgação, no último dia 23, da queda do índice de confiança do consumidor italiano ao mais baixo patamar em 16 anos desde o início da série desta pesquisa.Enquanto a expectativa para os consumidores era sombria, devido à pesada política fiscal, queda nos salários e dificuldades no mercado de trabalho, esperava-se que as empresas fossem mais resistentes, uma vez que são beneficiadas pelas exportações e promessas do governo de leis trabalhistas mais flexíveis no futuro.Pesquisa do Istat mostrou que o uso da capacidade instalada da indústria italiana caiu para 70% no primeiro trimestre, de 70,5% nos três meses finais de 2011.A principal queixa das empresas foi a demanda insuficiente, segundo o Istat. De acordo com o instituto, as perspectivas para as encomendas enfraqueceram de março para abril no setor de bens de capital, enquanto as relacionadas aos níveis de produção para o curto prazo declinaram mais no setor de bens intermediários.Em pesquisa em separado para os setores da indústria não manufatureira, o Istat informa que a confiança subiu no setor de construção em abril, embora as perspectivas para o nível de emprego nos setores intensivos em mão de obra permaneçam negativas. Os índices de confiança nas empresas de serviço e comércio italianos também caíram em abril ante o mês anterior. A queda foi mais acentuada no setor de serviços, cujo recuo foi o maior em três anos, liderado pelo turismo. As informações são da Dow Jones

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