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Itália derruba Ibovespa; giro financeiro é de R$23 bi

Por ROBERTA VILAS BOAS
Atualização:

A Bovespa fechou o pregão desta quarta-feira em baixa, influenciada pelas preocupações renovadas com a Itália, após um leilão de bônus a juros altos que acabou com o alívio causado por um leilão bem sucedido na Espanha na véspera. Por Roberta Vilas Boas O Ibovespa caiu 1,47 por cento, a 56.646 pontos. O giro financeiro foi de 23 bilhões de reais, perto do recorde histórico de 24,3 bilhões de reais de 17 de agosto, impactado pelo vencimento de contratos de opções de índice. A Itália pagou juro recorde de 6,47 por cento para vender títulos de cinco anos nesta quarta-feira, em seu primeiro leilão de prazo mais longo desde o acordo de integração fiscal fechado pela União Europeia (UE) na semana passada. Para Bruno Lembi, sócio da M2 Investimentos, além do leilão na Itália, as declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, contribuíram para a queda do Ibovespa. "O leilão na Itália, a declaração da Merkel se opondo aos eurobonus e o investidor batendo na tecla de que acordo não é suficiente influenciaram", afirmou. Essas preocupações pressionaram também nos mercados de commodities, apertando mais ainda algumas das principais ações da bolsa brasileira. A preferencial da Petrobras recuou 2,68 por cento, a 21,82 reais, com a queda no contrato futuro de petróleo negociado em Nova York. OGX também seguiu esse comportamento e recuou 3,73 por cento, a 13,69 reais. A preferencial da Vale, por sua vez, teve queda de 1,45 por cento, a 38,00 reais. Os preços do minério de ferro caíram para o nível mais baixo em duas semanas, com ofertas na China, o maior mercado para o produto. A maior queda, porém, foi registrada pela Vanguarda (antiga Brasil Ecodiesel), com recuo de 6,67 por cento, a 0,42 real. O tem registrado fortes quedas nos últimos pregões, levantando indagações no mercado, mas o terceiro maior acionista da companhia, Hélio Seibel, disse desconhecer o que está se passando. Na outra ponta, Hypermarcas teve a maior alta, de 3,83 por cento, apesar da agência de classificação de risco Standard & Poor's ter revisado na terça-feira a perspectiva do rating da empresa de estável para negativa. TAM também registrou alta, de 1,45 por cento, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a fusão da empresa com a LAN, com restrições.

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