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Itália quer ajudar em acordo pela redução de subsídio

Por Fabiola Salvador
Atualização:

O ministro da Agricultura da Itália, Paolo Di Castro, disse hoje, em Brasília, que o governo italiano pode ajudar o Brasil nas vendas de produtos agrícolas para a Europa e nas negociações para redução dos subsídios concedidos aos produtores europeus, política que prejudica o Brasil no mercado internacional. "Nem toda a Europa é conservadora", disse Di Castro após reunião com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. O ministro brasileiro avaliou que a ajuda é de grande importância e disse que a Itália tem interesse na importação de bezerros vivos, com idade entre 6 e 13 meses, de Santa Catarina, único Estado do País reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação. As importações começarão a ser feitas quando estiver avançado o programa de rastreabilidade bovina, com a identificação de animais por brincos, informou Di Castro. A comitiva italiana esteve ontem no município catarinense de Lages para discutir como o governo de Santa Catarina as diretrizes do acordo para venda. Eles também demonstraram interesse em importar animais criados em Mato Grosso do Sul. Após o encontro de hoje, Stephanes estimou que os italianos poderão importar de 150 a 200 mil bezerros por ano e classificou o volume como "uma quantidade interessante". Stephanes disse que até abril do próximo ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará em Roma, serão avaliadas as exigências da Itália para importação de animais do Brasil. A expectativa é firmar protocolos de entendimento até a visita. A Itália também tem interesse em importar maior volume de carnes do Brasil, principalmente suína. O país importa cerca de 70 mil toneladas de carne brasileira por ano, mas boa parte da demanda interna é atendida por produto produzido em outros países europeus. A intenção da Itália é ampliar o número de fornecedores e o Brasil aparece como potencial vendedor. O produto brasileiro é fortemente taxado na Europa. Um quilo de carne que custa 3 euros no Brasil chega aos países europeus por 6 euros.

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