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Itamaraty contesta imposição de restrições ao aço pela UE

Por Agencia Estado
Atualização:

A União Européia (UE) não tem base legal para colocar barreiras às exportações brasileiras de aço. Esse foi o recado dado pelo Itamaraty, ontem, na Organização Mundial do Comércio (OMC), aos diplomatas de Bruxelas. O Brasil argumentou que as tarifas colocadas pelos europeus violam as regras internacionais do comércio e pediu, oficialmente, que os produtos nacionais fossem excluídos das medidas protecionistas. No mês passado, a UE impôs uma sobretaxa de até 24,5% sobre a importação de aço, para evitar que o mercado europeu fosse invadido pela aço excedente no comércio internacional. Na avaliação da UE, depois que os Estados Unidos colocaram uma sobretaxa de 30% à importação de produtos siderúrgicos de todo o mundo, existiria a possibilidade de que o aço que não conseguisse entrar no mercado norte-americano fosse desviado para a Europa. Dois produtos brasileiros são atingidos pela taxa européia: aços finos para embalagens e barras e perfis de aço-liga. Os prejuízos, neste ano, deverão ser de US$ 60 milhões para a balança comercial brasileira. Segundo o Itamaraty, a medida européia apresenta duas inconsistências: não houve um surto de importação de produtos siderúrgicos brasileiros para a Europa e, se tivesse ocorrido, não há provas de que a importação estaria gerando danos econômicos às empresas da UE.

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