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Itaú BBA entra no IPO da XP Investimentos

Banco se junta ao grupo formado pelo JPMorgan, Morgan Stanley e Goldman Sachs e a própria XP

Por Coluna do Broadcast
Atualização:

Ogrupo contratado para coordenar a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da XP Investimentos nos Estados Unidos, em dezembro, deverá ganhar um novo integrante: o banco de investimento do Itaú Unibanco, que é sócio da XP com 49,9%. O Itaú BBA se junta ao grupo formado pelo JPMorgan, Morgan Stanley e Goldman Sachs e pela própria XP.

Sede dacorretora XP Investimentos Foto: Aline Bronzati/ESTADÃO

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A oferta deverá ser protocolada na SEC, o regulador do mercado norte-americano, em breve, após os sócios decidirem se a operação será na Nyse ou na Nasdaq. Uma emissão em São Paulo, com Brazilians Depositary Receipts (BDRs) na B3, pode ocorrer, mas dependerá de ajuste na regra pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Procurados, XP e Itaú BBA não comentaram.

Emprestado

O UBS negocia com o Banco do Brasil a possibilidade de selecionar funcionários no seu quadro para formar a joint venture na área de banco de investimento. Os “escolhidos” teriam a possibilidade de voltar ao BB em algum momento quando assim desejassem. A medida, cujo martelo ainda não está batido, pode despertar o interesse dos funcionários no BB, de olho, principalmente, em salários melhores dos que aqueles pagos pelo banco estatal. Isso porque como o UBS será o sócio majoritário do negócio, definirá a política de cargos e salários para toda a equipe da joint venture. 

Experiências passadas...

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Estruturar uma política única de cargos e salários é fundamental para o sucesso da joint venture entre BB e UBS. No passado, o assunto já deu bastante dor de cabeça ao banco. Uma medida similar foi adotada quando o BB se tornou sócio do Deutsche Bank na consultoria financeira MaxBlue, no início dos anos 2000.

...Mudam o presente

Na joint venture, apesar de os colaboradores do BB "carregarem o piano" e, em muitos casos, serem mais capacitados e qualificados, ganhavam bem menos que a equipe do Deutsche mesmo com as mesmas atribuições. Este foi um dos principais motivos do fim da joint venture com o Deutsche Bank, em 2010. Procurados, UBS e BB não comentaram.

Alô, câmbio

A Frente Corretora, empresa criada por ex-sócios da XP Investimentos, quer se tornar um banco de câmbio. A empresa, que replica o modelo de agentes autônomos, prepara o pedido ao Banco Central e um reforço de capital. Para ganhar espaço no bilionário mercado de remessas internacionais, a Frente quer maior presença nos Estados Unidos. Já tem uma filial em Miami e entrou com a documentação para ter unidades em Nova York e Boston.

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Aterrisando

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A marca de luxo italiana Tonino Lamborghini assina neste mês parceria com a construtora brasileira Embraed para o primeiro empreendimento no Brasil. Depois de ter levantado um projeto imobiliário em Dubai no final do ano passado, por aqui o local escolhido foi o Balneário Camboriú, em Santa Catarina. O investimento será da ordem de R$ 150 milhões.

Preparados?

Em meio à perspectiva de privatização da gestão de alguns parques nacionais ainda este ano, anunciada pelo governo em agosto, uma pesquisa realizada pelo Instituto Semeia identificou que apenas 34% de 266 parques estão com sua área regularizada. Esse é um assunto considerado relevante, já que interfere diretamente na concessão, assim como nas Parcerias Público-Privadas. O Instituto é de Pedro Passos, um dos fundadores da Natura.

Bolso furado

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A pesquisa mostra também a precariedade da gestão atual dos parques, já que 60% dos 266 gestores entrevistados afirmaram não ter recursos necessários para conduzir o trabalho. Com isso, foi constatado que 22% das unidades de conservação não realizam contagem de visitantes e 20% têm no máximo dois funcionários trabalhando. Na escala de 1 a 10, os entrevistados deram nota média de 5,8 para a missão dos parques: conservação, uso público e educação/conscientização ambiental.

Questão de ótica

O bairro do Leblon, na cidade do Rio de Janeiro, tem o metro quadrado de imóveis mais caro no eixo Rio–São Paulo. Apesar disso, não oferece o melhor retorno como investimento, de acordo com levantamento da área de classificados do Mercado Livre. Os imóveis no Leblon têm um preço médio de R$ 20,4 mil para o metro quadrado e de R$ 4,2 mil para o aluguel. O retorno no badalado bairro carioca é de 3,1% ao ano, abaixo, por exemplo, do bairro da capital paulista Indianópolis, onde o retorno é de 9,6% na média, o mais alto identificado pela pesquisa. O preço médio do metro quadrado em Indianópolis é menor: de R$ 10,3 mil para a compra, com aluguel em R$ 6,2 mil.*COM ALTAMIRO SILVA JUNIOR

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