PUBLICIDADE

Publicidade

Itaú compra BBA Creditanstalt por R$ 3,3 bilhões

O negócio tornará o Itaú o conglomerado financeiro de maior base de capital do Brasil. O novo banco passa a se chamar Itaú BBA

Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Itaú anunciou hoje a compra de 95,75% do capital total do Banco BBA Creditanstalt, por cerca de R$ 3,3 bilhões. A aquisição inclui a participação total do acionista estrangeiro e ocorrerá após o cumprimento pelas partes de certas condições precedentes. As informações estão em fato relevante enviado pelo Itaú à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo o comunicado, o negócio envolve o BBA e suas subsidiárias no País e no exterior e a participação minoritária detida por terceiro na Fináustria Participações Ltda. O preço do conjunto dessas empresas é que corresponderá a aproximadamente R$ 3,3 bilhões. O pagamento será com recursos financeiros, títulos da dívida subordinada e ações. A emissão de ações preferenciais será equivalente a 3,0% do total de ações do Itaú. A concretização da transação está sujeita à aprovação pelo Banco Central do Brasil e pelas demais autoridades competentes. Aumento de capital Segundo o fato relevante, o capital do Itaú, que passa a se chamar Itaú BBA, será aumentado por aporte de R$ 1,2 bilhão, sendo 95,75% pelo Itaú e 4,25% pelos demais acionistas. O Itaú BBA terá a sua base de capital, para fins regulatórios, consolidada à do Itaú, conforme Resolução 2.837 do Banco Central do Brasil, de 30 de maio de 2001. Essa consolidação, após concluída a transação, alcançará um total aproximado de R$ 14,8 bilhões, o que tornará o Itaú o conglomerado financeiro de maior base de capital do Brasil. Os cálculos consideram a base de 30 de setembro deste ano. O Banco Itaú vai transferir ao Itaú BBA ativos e passivos vinculados às operações de corporate e de banco de investimento, fortalecendo sua competitividade no segmento. As atividades de administração de fundos, carteiras e de private bank do BBA serão integradas aos respectivos segmentos no Itaú ou em suas controladas, reforçando a liderança que o Itaú já tem nessas áreas. O controle e gestão da Fináustria Companhia de Crédito, Financiamento e Investimento, bem como sua expressiva carteira de crédito ao consumidor, passarão integralmente para o Itaú, expandindo fortemente a presença do banco no mercado de financiamento de veículos. Itaú BBA terá autonomia operacional O Itaú BBA terá autonomia operacional, segundo informa o fato relevante divulgado hoje. Para propiciar a autonomia e gestão diferenciada de pessoal do Itaú BBA, será concretizada sua segregação operacional e administrativa, bem como a incorporação de executivos do Itaú ao atual grupo de executivos do BBA. De acordo com o comunicado, esse grupo de executivos do BBA, liderado pelo seu atual presidente, Fernão Carlos Botelho Bracher, deterá 50% do capital votante do Itaú BBA e estará a frente da gestão do banco em estreita integração com o Itaú, garantida por meio de acordo de acionistas. O presidente do conselho de administração do Itaú BBA será Roberto Egydio Setubal e seu presidente-executivo será Fernão Carlos Botelho Bracher, que também integrará o conselho de administração do Itaú. Itaú: reorganização visa dar maior transparência ao balanço O Itaú afirmou que sua reorganização societária visa a dar maior autonomia e transparência às operações e às demonstrações financeiras, pois possibilitará a identificação das operações do segmento corporate e de investimentos do Itaú BBA. Outra vantagem apontada foi a maximização na alocação e uso de capitais nos vários segmentos. "A associação com o BBA, na estrutura da reorganização, viabiliza segmentar de modo efetivo as atividades de banco de varejo e banco de atacado. O Itaú continuará focando todas as suas operações de varejo e reforçando sua tradição histórica de atendimento diferenciado à pessoa física, private bank, micro, pequena e média empresa. Marca e identidade visual do Itaú não mudam O Itaú informou que sua reorganização societária, "abstraída a associação com o BBA", não trará diluição da participação dos acionistas, nem alteração nos direitos das ações. Isso porque, diz o banco, os investidores receberão ações do Itaú Holding da mesma espécie das detidas no Itaú. A instituição afirmou também que as mudanças não afetarão a marca Itaú nem sua identidade visual.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.