SÃO PAULO - O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirmou que a aprovação para a compra do varejo do Citi no Brasil pode ser aprovada pelos reguladores responsáveis até maio do ano que vem, quando ele passa o bastão para Candido Bracher, hoje responsável pela diretoria de atacado da instituição. Ele afirmou que acredita que o banco não terá dificuldades em obter a aprovação e que o banco está seguindo os passos para protocolar o pedido junto ao Cade e ao Banco Central.
Em relação às agências do Citi, Setubal disse que o banco ainda não tem acesso a todas as informações do banco adquirido e que o fechamento ou transferência de clientes para agências digitais vai depender da escolha dos próprios correntistas. "Precisamos entender as preferências dos clientes do Citi. Temos mais condições de fazer uma oferta digital de serviços que o Citi tinha", afirmou.
Crise. Bracher disse que a crise atual foi a mais grave que ele já viveu sob o ponto de vista de crédito. "Os dois últimos anos foram especialmente difíceis para as grandes empresas", avaliou.
Questionado sobre se a forma como Bracher conduziu a área de atacado do Itaú foi um ponto a favor na escolha dele para presidir o banco, Setubal disse que foi apenas um fator. "Problemas temos todos os dias e precisamos resolver. O que importa é como reagimos", destacou.