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Itaú: mais R$ 35 milhões para crédito imobiliário

Bancos começaram a fazer cálculos sobre o impacto do novo regulamento que disciplina o direcionamento de recursos captados em poupança para o crédito imobiliário. Exemplo disso é o Itaú. A instituição projeta um incremento mensal em torno de R$ 35 milhões.

Por Agencia Estado
Atualização:

Alguns bancos já começaram a fazer cálculos sobre o impacto do novo regulamento que disciplina o direcionamento de recursos captados pelas entidades integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE). Exemplo disso é o Itaú. Segundo o diretor de crédito imobiliário da instituição, Luiz Antônio Rodrigues, a nova regra deve promover um incremento mensal em torno de R$ 35 milhões, o que deve pelo menos duplicar o volume de recursos direcionados ao crédito imobiliário. "Esses recursos ficarão disponíveis para empresários no financiamento de obras e para pessoas físicas que buscam crédito para a compra de imóveis novos e usados. O banco não definiu quanto, do total de R$ 35 milhões, será destinado a empresas e quanto será concedido como crédito a mutuários. Essa oferta será feita de acordo com a demanda. Acredito que a procura maior deve vir por parte de empresários na construção de obras e de imóveis novos para mutuários", afirma Rodrigues. No caso dos financiamentos para pessoa física, as operações serão feitas pelas linhas de Carteira Hipotecária e do Sistema Financeiro Habitacional (SFH). O aumento no volume de recursos destinados ao financiamento imobiliário não significa que o Itaú será menos criterioso na concessão de crédito. Segundo Rodrigues, a elevada taxa de inadimplência faz com que a instituição mantenha rígidos critérios para a aprovação das operações de financiamento imobiliário. O diretor informou que, sem levar em conta a carteira imobiliária do Banestado, a inadimplência acima de 120 dias nas operações com pessoa física tem permanecido entre 17% e 20% nos últimos três anos. Nova regra O regulamento que disciplina o direcionamento de recursos captados em poupança para o crédito imobiliário, decidido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na terça-feira, resolve uma pendência antiga do banco Central com entidades integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Pela nova regra que começa a valer a partir do dia 1º de setembro, os bancos poderão aumentar o total de recursos destinados ao financiamento imobiliário em 1% do total de créditos do Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS). Segundo o diretor de Normas do Banco Central, Sérgio Darcy, o regulamento permitirá inicialmente a entrada de R$ 18,722 bilhões no mercado imobiliário nos próximos oito anos. Isso representa um aumento mensal em torno de R$ 200 milhões (veja mais informações no link abaixo).

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