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Itaú prevê alta de até 30% para carteira de crédito

Por Silvia Fregoni
Atualização:

O banco Itaú estima crescimento de 25% a 30% para a carteira de crédito este ano, sem considerar o segmento de grandes empresas. A projeção se refere às operações de pessoa física e de micro, pequenas e médias companhias. "As grandes corporações têm alternativa de financiamento pelo mercado de capitais e, por isso, têm desempenho incerto, difícil de projetar", disse o presidente do banco, Roberto Setubal. Segundo o executivo, os negócios que deverão ter maior expansão este ano são o crédito imobiliário, o financiamento de veículos e o empréstimo consignado. No financiamento habitacional, o Itaú espera elevar o saldo da carteira em 50% em 2008 - no final do ano passado, o portfólio era de R$ 2,7 bilhões. "O boom efetivo do crédito imobiliário só ocorrerá quando a taxa de juros for um pouco mais baixa, o que acontecerá mais a frente", afirmou o executivo. Para ele, essa é a carteira que mais crescerá no País nos próximos anos. Setubal afirmou que as mudanças tributárias realizadas pelo governo, como a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), encarecem o crédito, mas não modificam as projeções otimistas de crescimento das operações este ano. Sobre a instituição de compulsório sobre os depósitos de leasing (arrendamento mercantil), ele também prevê impacto negativo nos empréstimos. "A medida vai reduzir a liquidez do mercado e diminuir a oferta de crédito, mas é difícil dizer em quanto." Perspectivas Para o presidente do Itaú, a crise financeira internacional não deve mudar o ritmo da economia e dos negócios no Brasil. "A economia brasileira sempre foi mais fechada e não se beneficiou muito dos momentos de grande crescimento do mundo. Agora também não é tão prejudicada pela crise externa", disse. O Itaú projeta expansão em torno de 4,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2008. "A principal ameaça ao crescimento econômico não vem da crise externa, mas das pressões inflacionárias", afirmou. Por causa da inflação, ele acredita que é possível que o Banco Central eleve os juros este ano, embora o cenário mais provável seja de estabilidade da taxa Selic. Atualmente, a taxa básica de juros brasileira está em 11,25% ao ano.

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