O Itaú Unibanco resolveu dar o troco aos ataques que tem sofrido de seus concorrentes com uma campanha publicitária. Apesar de falar abertamente de competição, os anúncios não explicitam claramente do que se trata e o banco não diz quem realmente quer atacar e, assim, a carapuça acaba servindo para qualquer banco, qualquer concorrente.
Off coletivo. Em carta a funcionários, porém, o presidente do Itaú, Candido Bracher, perde a vergonha e abre o jogo: admite que o protesto se refere aos segmentos de meios de pagamentos eletrônicos e investimentos. O presidente do maior banco da América Latina diz que iniciativas como a ofensiva da sua empresa de maquininhas, a Rede, a nova plataforma de pagamentos por QR Code, a Iti, e a abertura da sua plataforma de investimentos despertaram na concorrência reações com um “tom de agressividade” considerado “excessivo”.
Prato frio. Bracher admite na carta que deu vontade de responder no “mesmo tom” e mostrar as “fraquezas” dos concorrentes. Mas, apesar “do prazer de reagir” quando o banco é atacado, Bracher explica que o Itaú preferiu “dar exemplo dos padrões éticos que devem reger a boa competição”.
Ética e transparência. Procurado, o Itaú Unibanco informou em nota que o banco vive “um cenário de transformação do mercado com a entrada de novos competidores” e, por isso, “decidiu reafirmar publicamente valores que norteiam o seu esforço em competir pela preferência dos clientes, sempre de forma ética e transparente”.
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