04 de novembro de 2009 | 12h54
Em dezembro de 2008, no mês seguinte ao anúncio de fusão de Itaú e Unibanco, a instituição financeira separou um total de 1,331 bilhão de reais de gastos estimados para unificar as operações.
Segundo o diretor-executivo de Controladoria do banco, Silvio de Carvalho, apenas no terceiro trimestre as despesas para integração totalizaram 151 milhões de reais, sendo a maior parte --116 milhões de reais-- relacionada a gastos com pessoal.
Restam ainda 980 milhões de reais reservados, disse o executivo a analistas durante teleconferência, nesta quarta-feira, para comentar os resultados do Itaú Unibanco no terceiro trimestre.
Em 2010, a instituição financeira vai converter por mês cerca de 150 agências Unibanco para o modelo Itaú, marca que irá prevalecer no banco de varejo, disse Carvalho.
"Não estamos fechando nenhuma agência das duas entidades e iremos abrir novas agências. Isso vai gerar custos adicionais. Imaginamos de um lado um decréscimo (das despesas) pelas sinergias e do outro lado um acréscimo pelas novas agências."
Segundo ele, o número total de funcionários do Itaú Unibanco deve sofrer pouca mudança além do "turnover" natural de cerca de 10 mil pessoas por ano.
Na terça-feira, contudo, o banco informou ter encerrado setembro com quase 103 mil colaboradores, ou 6 mil a menos que no final de 2008. E Carvalho disse a analistas, nesta quarta, que o banco negociou com sindicatos um programa que implicará em uma redução de 1.100 a 1.500 empregados que deverão se aposentar nos próximos meses.
(Reportagem de Cesar Bianconi)
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