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Itaú vê dificuldade para alcance da meta de superávit

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

O Departamento Econômico do Itaú Unibanco trabalha com a previsão de que o governo encontrará dificuldade para entregar a meta de superávit fiscal de 1,9%, na proporção do PIB, conforme tem prometido o Ministério da Fazenda.A projeção do banco é a de que o superávit primário este ano atinja apenas 1,3% do PIB. "Essa diferença de 0,6 ponto porcentual entre nossa previsão e a do governo se dá pela decepção que esperamos em relação à arrecadação", disse o economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn.O economista se vale ainda, para amparar a sua projeção menor que a do governo, da comparação do resultado fiscal no primeiro trimestre do ano passado com o primeiro deste ano. No ano passado, o superávit foi de 2% e neste ano, de 1,7%.Índice de Difusão de AtividadeO Índice de Difusão de Atividade, calculado pelo Itaú Unibanco, mostra que há uma perda de dinamismo do Produto Interno Bruto (PIB) na passagem do quarto trimestre do ano passado para o primeiro trimestre deste ano, disse há pouco o economista do banco, Caio Megale.O Índice de Difusão de Atividade do Itaú Unibanco é calculado com base no comportamento de 70 indicadores de atividade. Em março, 47% destes indicadores eram positivos e indicavam evolução da atividade compatível com um PIB perto de zero. Em abril, apenas 37% dos indicadores apontavam crescimento da atividade. "É um índice preliminar porque nem todos os indicadores (antecedentes e coincidentes) foram divulgados", observou Megale. Nem quer dizer que o PIB do primeiro e do segundo trimestre será negativo, observou o economista."Não dá para dizer que o PIB ficará negativo no trimestre com base apenas em um mês. Mas fica claro que ficará mais baixo do que no final do ano passado", disse.

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