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Itaúsa reduz dependência de banco com Alpargatas

Aquisição faz fatia do Itaú nos investimentos da holding passar de 97,7% a 94,2%, com mais espaço para diversificação

Foto do author Aline Bronzati
Por Aline Bronzati (Broadcast)
Atualização:

A participação do Itaú Unibanco no portfólio de investimentos da Itaúsa caiu de 97,7% ao final de dezembro para 94,2% agora, com a compra da Alpargatas e da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), informou nesta sexta-feira, 14, o presidente e diretor de relações com investidores da Itaúsa, Alfredo Setubal.

De acordo com o empresário, o Itaú Unibanco deve manter participação de 90% ao longo dos próximos anos, mesmo diante do processo de diversificação de portfólio da holding. Não há, segundo Setubal, nenhum novo investimento no radar, mas a empresa está aberta para analisar oportunidades.

O conglomerado Itaúsa, que controlao Itaú Unibanco, concluiu a venda da fabricante de intermediários químicos Elekeiroz Foto: Sergio Moraes/Reuters

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“Como o banco gera muito resultado e muita equivalência patrimonial, vai voltar a superar a participação de 90% (no nosso portfólio) nos próximos anos. Não temos pressa. O portfólio já está mais diversificado”, disse, em teleconferência com analistas e investidores.

No fim do ano passado, a Itaúsa já havia sinalizado ao mercado sua intenção de ter um portfólio mais diversificado. Na ocasião, analisava uma possível transação com a BR Distribuidora, da Petrobrás.

Setubal disse ainda que a oportunidade da Alpargatas foi “muito grande e boa” e apareceu “de repente”. Segundo ele, a Itaúsa “não poderia abrir mão” do ativo, que foi colocado à venda em meio à busca do grupo J&F por liquidez, após a crise gerada com a delação de seus proprietários, os irmãos Joesley e Wesley Batista.

“O investimento da Alpargatas ocorre em meio ao processo de diversificação do portfólio da Itaúsa; traz um novo setor, com oportunidade de crescimento, principalmente, internacional”, destacou;

A Itaúsa anunciou, na quarta-feira, a aquisição da Alpargatas em parceria com BW e Cambuhy, que têm a família Moreira Salles dentre os investidores.

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“A Cambuhy e a BW já tinham olhado a Alpargatas quando da venda pela Camargo Corrêa. Estamos muito tranquilos com o processo de due dilligence”, garantiu Setubal.

O empresário afirmou que, no processo de auditoria das informações da Alpargatas, não foi identificado nada “extremamente relevante” que gerasse atenção maior nas questões trabalhista e fiscal. /ALINE BRONZATI

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