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Subsídio aos combustíveis terá de passar pelo Paulo Guedes, diz Bolsonaro

Presidente disse que há o indicativo de que haverá um subsídio, no caso de o preço do barril de petróleo 'explodir': 'Se você jogar todo o preço aqui para o consumidor, o Brasil explode'

Foto do author Célia Froufe
Foto do author André Shalders
Por Célia Froufe (Broadcast) e André Shalders
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro enfatizou neste sábado, 12, que qualquer possível subsídio ao reajuste de combustíveis passa pelo parecer do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Ele já deu o indicativo para vocês dessa possibilidade se o barril do petróleo explodir lá fora. Essa é uma possibilidade. Se você jogar todo o preço aqui para o consumidor, o Brasil explode. Explode a inflação e explode a economia, e não queremos isso”, avaliou a jornalistas após participar de vento em Brasília de filiação ao PL.

 Na visão do chefe do Executivo, o problema do País não é de produção de petróleo. “No passado, três refinarias foram prometidas pelo Lula de serem feitas no Brasil. Começaram e não terminaram, gastando uma fortuna em cima disso daí”, alfinetou. O problema do País, conforme o presidente, é a importação de derivados. “Se nós tivéssemos feito no passado, se o PT tivesse feito duas refinarias no passado, não estaríamos com esse problema agora. O Brasil é autossuficiente na produção de petróleo”, defendeu.

Jair Bolsonaro, presidente da República, e Paulo Guedes, ministro da Economia; governo tem de lidar com a alta dos preços dos combustíveis em ano eleitoral Foto: Joédson Alves/ EFE

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Sobre o projeto da conta de estabilização de preços, Bolsonaro disse que se trata de algo que está em “gestação” e que, por isso, prefere ouvir o ministro da Economia para não se antecipar com notícias que podem mexer com o mercado, com o dólar. “Aí, talvez, de eu não estar alinhado com o Ministério da Economia. Tenho por princípio estar alinhado com o respectivo ministro para poder falar. É assim que eu sempre faço, e evito turbulência para todos nós aqui no Brasil”, justificou.

O presidente lembrou que política de preços foi algo que ganhou força no governo Temer, a paridade com o preço internacional (PPI), e que pode ser estudada. “Ninguém entende. Estamos respeitando. Se tiver que mudar isso daí, a Petrobras tem que apresentar uma proposta. Agora, não pode a Petrobras trabalhar exclusivamente visando ao lucro, num mundo em crise e com o preço do combustível bastante alto aqui no Brasil.”

Para Bolsonaro, esse atrelamento é bom para o mercado, é bom para os acionistas, mas é péssimo para o consumidor brasileiro. “São coisas sensíveis que eu não posso decidir aqui sem ouvir as pessoas adequadas para poder me assessorar nesse sentido.”

O momento é de “sacrifício” para todo mundo, segundo o presidente e, por isso, os governadores poderiam também auxiliar no processo de minimizar o impacto nos preços dos combustíveis. “Se continuar a crescer o preço do combustível; se, por exemplo, acabar o congelamento e a gasolina for para R$ 10, cada litro de gasolina consumido no Brasil o consumidor vai pagar R$ 3 de ICMS. É um absurdo você pagar R$ 3 num litro de gasolina.”