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Japão e Chile assinam acordo de livre-comércio

Chilenos poderão exportar quase todos os produtos ao Japão com tarifa zero

Por Agencia Estado
Atualização:

Os governos do Chile e do Japão assinaram nesta terça-feira, 27, um acordo de livre-comércio pelo qual os chilenos poderão exportar quase todos os produtos ao país asiático sem tarifas. O chanceler chileno, Alejandro Foxley, e o ministro de Exteriores japonês, Taro Aso, assinaram o documento, que facilitará o comércio entre os dois países e marca a estratégia do Chile de conseguir uma rede de tratados comerciais bilaterais com as principais potências econômicas da Ásia. Este acordo ainda deve ser ratificado pelos respectivos Parlamentos e assinado pelos chefes de governo do Japão e do Chile. Trata-se do segundo acordo de livre-comércio que o Japão assina com um país latino-americano, já que possui um tratado com o México em vigor desde 1º de abril de 2005. O acordo entre Japão e Chile terá uma aplicação gradual e afeta a maioria dos produtos, apesar de deixar de fora os artigos mais sensíveis para o governo japonês, como o arroz, o trigo e o açúcar, cuja pequena produção local recebe subsídios. O Chile obterá de forma escalonada a eliminação de tarifas para as carnes, salmão e outros produtos que ficarão excluídos de qualquer nova oferta ou proposta de negociação, enquanto o Japão poderá exportar automóveis livres de tarifa ao mercado chileno. Da perspectiva japonesa, a maior conquista é a redução de tarifas para seu produto de maior exportações para o Chile: os automóveis, cujo valor exportado chegou a US$ 300 milhões no ano passado. O Chile se beneficiará da redução de tarifas na exportação de vinhos, produtos relacionados com a pesca, como o salmão e as farinhas de pescado, e de bens industriais, que em sua maioria, terão tarifa zero. Segundo números do Banco Central do Chile, as exportações ao Japão em 2005 totalizaram US$ 4,536 bilhões, enquanto as importações de produtos japoneses foram de US$ 941 milhões. O cobre responde por metade das importações japonesas, enquanto os automóveis representam 50% das exportações ao Chile.

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