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Japão prepara orçamento suplementar de US$ 55 bi

Por Danielle Chaves
Atualização:

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, pediu ao seu gabinete que elabore um orçamento suplementar para financiar novas medidas de estímulo com o objetivo de lidar com as ameaças à economia trazidas pela deflação, pelo iene forte e pelo enfraquecimento das exportações. De acordo com a imprensa local, o tamanho do orçamento será de cerca de 4,6 trilhões de ienes (US$ 55 bilhões), mas o governo não planeja emitir mais bônus por conta das preocupações de Kan com uma potencial turbulência neste mercado.Porém, o ministro do Estado para Economia e Política Fiscal, Banri Kaieda, afirmou que os bônus são uma opção que vale a pena ser considerada para garantir que o estímulo extra seja suficientemente grande para evitar uma recessão. O ministro disse que vai discutir esse ponto em reuniões com outros membros do gabinete."Se houver projetos de trabalho público eficientes" para dar suporte à economia, "nós podemos emitir bônus de construção para financiá-los", afirmou Kaieda. Essa emissão seria temporária e o governo poderia reter a confiança do mercado mantendo sua promessa de limitar as emissões de bônus nos próximos anos aos 44 trilhões de ienes estabelecidos no orçamento inicial de 2010.O ministro afirmou que vai criar um grupo de estudo para verificar a possibilidade de securitização de bônus do governo sem juros e ativos nacionais. Diferentemente dos bônus usados para cobrir deficiências orçamentárias regulares, os bônus de construção são menos prejudiciais às gerações futuras, porque o dinheiro é usado para financiar projetos importantes, como estradas e pontes, destacou Kaieda."É natural para nós maximizar o uso de ativos que o Japão possui atualmente antes de pedirmos ao público para assumir um ônus maior, especialmente quando as condições fiscais já são graves", disse. Ainda assim, tais bônus se somariam à dívida total do governo, que já está próxima de 200% do Produto Interno Bruto (PIB) anual do Japão - a maior entre os países industrializados. As informações são da Dow Jones.

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