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Japão se prepara para reformar sistema fiscal

Por Danielle Chaves
Atualização:

O novo gabinete de governo do Japão deu hoje os primeiros passos em direção a uma reforma fiscal, com uma reunião de ministros para formular uma proposta de aumento de impostos e preparar negociações com o setor privado. Os resultados da provável batalha podem tanto fortalecer quanto enfraquecer o governo do primeiro-ministro Naoto Kan.Hoje os ministros da Economia, Kaoru Yosano, e de Política Nacional, Koichiro Genbda, além do secretário de gabinete, Yukio Edano, e do vice-secretário de gabinete, Hirohisa Fujii, se reuniram para decidir quais papéis terão no projeto. Kan, que reformulou seu gabinete na semana passada, tem se esforçado para controlar a crescente dívida pública japonesa, que é quase o dobro da produção econômica anual do país."Se nós continuarmos sem disciplina fiscal, permitindo que o estoque de dívida pública cresça mais ou tomando emprestado mais do que recebemos em receita fiscal, a confiança internacional no Japão pode gradualmente acabar", disse Yosano. Os movimentos feitos hoje abrem espaço para que seja apresentado até o fim de junho o rascunho de uma proposta para reformar os debilitados sistemas fiscal e de seguridade social do Japão, parcialmente por meio da elevação do imposto de consumo do país, hoje de 5%.Cobrada de quase todos os bens e serviços comprados por consumidores do Japão, o imposto sobre vendas gera fontes de receita estáveis, que são menos dependentes da manutenção do crescimento econômico do país. Muitos analistas consideram elevações no imposto a melhor maneira de reduzir a dívida do Japão com o tempo.No entanto, o imposto é impopular entre os eleitores. Somando a isso um parlamento dividido, a baixa aprovação pública do governo de Kan e os partidos de oposição cada vez menos dispostos a colaborar, o sucesso dos planos do primeiro-ministro está longe de ser uma certeza. O Partido Democrático do Japão, do governo, tem o controle da Câmara Baixa do parlamento, mas a aprovação da legislação exigirá uma votação favorável da Câmara Alta, controlada pela oposição. As informações são da Dow Jones.

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