A J&F, holding controladora da emrpesa JBS, divulgou nesta terça-feira, 23, um comunicado para seus funcionários afirmando que Joesley Batista, sócio do grupo, está no exterior, mas "ao contrário do que tem sido divulgado, ele não está em Nova York".
Segundo o comunicado, obtido com exclusividade pelo Estado/Broadcast, a J&F justifica para seus funcionários que o "único motivo" pelo qual Joesley Batista está fora do Brasil "são questões de segurança".
Na mensagem, a holding destaca a importância de ter fechado colaboração premiada, que está "permitindo que o Brasil mude para melhor". Para a empresa, é claro que não seria possível expor a corrupção no País "sem que pessoas que cometeram ilícitos admitissem os fatos e informassem como e com quem agiram, fornecendo indícios e provas".
O comunicado ainda destaca que a colaboração de Joesley Batista e de mais seis pessoas englobou depoimentos, subsidiados por documentos, que mostram como opera o sistema político brasileiro.
"A negativa de denúncia e o perdão judicial são previstos pela legislação em vigor. A possibilidade de premiação excepcional para uma colaboração igualmente excepcional é de grande importância para o êxito do mecanismo da colaboração premiada", aponta o texto. E acrescenta: "É natural que, nesse momento, em função da densidade das delações, surjam tentativas de desqualificá-las."
Quanto ao áudio envolvendo o presidente Michel Temer, Joesley Batista ressalta a sua segurança - e dos outros colaboradores - com a veracidade de todo o conteúdo que levaram ao conhecimento do Ministério Público (MP).
"Eles (os delatores da JBS) não hesitarão, se necessário, em fornecer os meios para reforçar as provas que entregaram", afirma o comunicado.