21 de março de 2012 | 17h19
BRASÍLIA - O presidente do conselho de administração do grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, defendeu nesta quarta-feira, 21, a adoção de uma alíquota nacional e uniforme em 4% para o ICMS interestadual na comercialização de produtos importados. Segundo ele, essa é a forma de promover a isonomia competitiva entre os Estados. Gerdau, que é conselheiro do Instituto Aço Brasil, participa de audiência pública conjunta que está sendo realizada hoje por duas comissões do Senado para discutir o projeto de Resolução 72/2010, que trata da unificação do ICMS em operações com itens importados, projeto que tem por objetivo acabar com a "Guerra dos Portos".
Gerdau disse que é impossível fazer uma reforma tributária de uma única vez. "O único modo de fazermos (a reforma tributária) é por etapas", afirmou, ao ressaltar que é preciso corrigir o que chama de distorção absoluta, que é como classifica a guerra fiscal. O empresário disse que, com a eventual mudança, os Estados que reclamam de prejuízos com a mudança vão ganhar mais. Em vez dos 3% do imposto com benefício, vão receber 4% com a adoção de uma alíquota nacional, defendeu.
Resolução 72 é inconstitucional, diz jurista
O empresário disse que o setor siderúrgico, que fica "no meio da cadeia" produtiva, tem sentido bastante o processo de desindustrialização, ainda mais com o desfavorável cenário econômico internacional. Ele apresentou vários dados que apontam um aumento crescente da importação de aço nos últimos anos. Jorge Gerdau disse que se medidas não forem tomadas, o País estará optando pelo caminho de destruir o parque industrial nacional.
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