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Jorge teme efeito na balança

Ministro diz que saldo comercial poderá ser afetado

Por Lorena Vieira
Atualização:

Entenda a crise nos mercados O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou ontem que não está descartada uma redução no superávit da balança, em razão da crise do mercado financeiro mundial. Entenda a crise nos mercados O ministro disse não saber definir em que nível isso ocorrerá. Segundo Jorge, as exportações, por enquanto, estão mantidas por serem reflexos de contratos negociados anteriormente. "É cedo para dizer qual o tamanho do efeito sobre as exportações." Num segundo momento, na avaliação do ministro, as conseqüências da crise poderão ser até positivas caso a trajetória de valorização do dólar se mantenha. Para Jorge, se as empresas tiverem dificuldade de captar recursos externos poderá haver uma demanda maior por crédito internamente, especialmente para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O que, na sua avaliação, seria positivo já que são recursos voltados para investimentos. As empresas brasileiras, segundo ele, estão bem e o mercado interno fortalecido. "Mas toda crise é ruim e temos de ficar atentos." CRÉDITO Jorge informou que o BNDES passará a oferecer financiamento para todas as empresas varejistas com participação de capital estrangeiro. Para as empresas inteiramente nacionais não há restrições, mas para as com capital estrangeiro, hoje apenas os segmentos de eletroeletrônicos e alimentos podem contar com os recursos do banco. Para a ampliação do financiamento será necessário publicar um novo decreto, regulamentando o assunto e eliminando as restrições atuais. De acordo com o ministro, o texto do novo decreto já está com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para ser revisado. Depois o documento voltará para o ministério e será encaminhado para a Casa Civil, já na próxima semana. "Espero que saia logo", afirma, sem dar prazo para a entrada em vigor da medida.

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