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Jornais devem ter circulação 5% maior em 2006

Por Agencia Estado
Atualização:

Os jornais brasileiros devem ter um crescimento de pelo menos 5%, segundo o presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e do Grupo RBS, Nelson Sirotsky. Neste ano, o crescimento da circulação foi de 4%, sendo que os veículos auditados pelo Instituto Verificador da Circulação (IVC) registraram crescimento de 5% em tiragem até novembro. ?São números que expressam otimismo?. Mais: mostram que a crise enfrentada pelos jornais entre 1999 e 2003 é hoje uma página virada. Sirotsky identifica três grandes acontecimentos que vão ter peso no crescimento no próximo ano e que podem reforçar a venda e a receita dos jornais: carnaval, Copa do Mundo e eleições. ?O carnaval, felizmente, é no final de fevereiro e a ele se seguirão as ações da Copa a partir de março. Logo após o torneio, começa a disputa eleitoral.? Para ele, num cenário que se espera de crescimento econômico, tudo isso contribui para o aumento da receita e pela busca maior de informação. O empresário está convencido de que, aliado à internet, para oferecer informação em tempo real, as empresas que editam jornais têm tudo para conquistar novos leitores e reforçar os seus laços com as coberturas da Copa na Alemanha e das eleições. Dos leitores de jornais, somente 1% os lêem pela internet. Sirotsky lança mão de números para dar a dimensão do mercado brasileiro de jornais. São 6,5 milhões de exemplares diários de 529 títulos, entre os quais se incluem também os semanais, quinzenais e mensais. ?Há um grande mercado a ser explorado e a economia tem grande impacto nos negócios, tanto na publicidade como na venda em banca. Se há crescimento, os jornais acompanham?, diz Sirotsky. A previsão dele é de que o meio encerre o ano com 4% de crescimento em relação a 2004. A principal conquista, porém, é o avanço em pesquisas de opinião da credibilidade de que desfrutam os jornais junto à população, o que reforça a escolha do meio pelo leitor e pela publicidade. Em pesquisa do Ibope, os jornais só perdem para os médicos (85%) e as Forças Armadas (75%), mas em 74% das indicações de múltipla escolha, os jornais estão à frente da Igreja Católica (73%), das rádios (63%), da televisão (61%) e dos empresários (52%).

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