23 de outubro de 2014 | 02h05
De acordo com o estudo, 41% dos jovens dessa faixa etária admitiram comprar de forma espontânea e imediata. E a maior motivação dessa postura estaria mais no comportamento do que na falta de conhecimento.
"Apesar de a educação financeira ainda ser insuficiente, o que os jovens precisam mesmo é controlar o imediatismo e se planejar para não ter problemas no futuro", alerta Lopes. Segundo a pesquisa, o controle financeiro aumenta progressivamente de acordo com a idade, chegando a 75% no caso dos entrevistados com mais de 55 anos. Mas o especialista lembra que, quanto mais tarde se forma essa consciência, mais difícil se torna reverter dívidas.
A publicitária M.C., de 24 anos, que pediu para não ter seu nome revelado, mora com os pais, recebe salário de R$ 4 mil e tem como despesas fixas o celular e a gasolina. Apesar disso, entrou no mês de outubro devendo cerca de R$ 1,5 mil no cheque especial e no cartão. Segundo ela, seu endividamento começou no fim do ano passado, quando mudou de emprego e não calculou os gastos levando em conta o período sem salário.
Para superar o endividamento precoce, o coordenador do laboratório de finanças do Insper, Michael Viriato, diz que é preciso tratá-lo como um vício. Segundo ele, o primeiro passo é entender que se trata de um problema e querer resolvê-lo.
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