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JP Morgan cortará 55% dos funcionários do Bear Stearns

Por JOSE
Atualização:

Mais de 7,6 mil funcionários do Bear Stearns, o equivalente a 55 por cento do total, devem perder o emprego, disse na terça-feira James Dimon, presidente-executivo do JP Morgan Chase, que está incorporando as operações do banco de investimento atingido pela crise de crédito nos Estados Unidos. Em meio às discussões sobre a histórica compra do Bear Stearns por 1,5 bilhão de dólares durante a reunião anual dos acionistas do JP Morgan, Dimon disse que "nós estamos mantendo 45 por cento dos funcionários do Bear Stearns". Os comentários de Dimon confirmaram o que vinha se especulando há meses: que metade dos empregados do Bear Stearns perderiam seus empregos como resultado da fusão. Por semanas, o JP Morgan classificou as especulações como prematuras. Mas na semana passada, Dimon disse numa conferência com investidores que cerca de 6 mil funcionário do Bear tinham recebido ofertas de emprego, aproximadamente 40 por cento da força de trabalho do banco cujo destino já havia sido decidido. A instituição tinha 13.834 empregados em 29 de fevereiro. Com base nos comentários de Dimon, um total de 6,3 mil ofertas serão feitas aos empregados do Bear quando o processo de revisão e integração estiver completado. Houve também uma indicação de que apenas outros 200 a 300 funcionários ainda poderiam ter ofertas de emprego. Diretores do JP Morgan evitaram comentar o assunto. A aquisição, que poderia gerar para o JP Morgan uma receita de 1 bilhão de dólares no segundo trimestre, é uma expectativa "muito arriscada e difícil de alcançar", disse Dimon. "Por isso nós dizemos: missão não completada. Julguem-nos em um ano ou dois." A liquidação do negócio, conduzida pelo Federal Reserve em 17 de março para evitar o colapso do Bear, deve ser completada em 1o de junho. Na semana passada, Dimon disse que o Morgan identificou empregos para cerca de 1,5 mil funcionários do Bear em outras companhias por meio um serviço de recolocação.

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