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JP Morgan eleva recomendação da dívida do Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O JP Morgan elevou nesta sexta-feira a recomendação para os títulos da dívida externa brasileira de "neutro" para "overweight" (acima da média do mercado), conforme confirmou a assessoria do banco de investimento. A decisão da instituição acontece em um dia de mercados em alta no Brasil. Por volta das 15h39, o dólar comercial opera em queda de 0,63% e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está em alta de 0,80%. O JP Morgan reequilibrou sua carteira modelo, aumentando a exposição em Brasil e reduzindo a participação de Rússia. O relatório distribuído hoje prevê forte fluxo para a dívida dos mercados emergentes nos próximos meses e baixa volatilidade (oscilação) global. Isto, segundo os analistas do banco, justificam sua decisão de buscar papéis de maior rendimento. O relatório indica que, com o spread (prêmio) dos títulos da Rússia, a perspectiva de ganho com estes papéis se esgotou, o que levou o banco a realocar a recomendação para o Brasil. Segundo o banco, as condições de financiamento do Brasil melhoraram "drasticamente" e o País agora se destaca na comparação com outros mercados com ratings de crédito semelhantes. "Mercado favorito" Durante a manhã, outra instituição sinalizou um ambiente favorável para o Brasil. O gestor da Pacific Investment Management Company (PIMCO), Mohamed El-Erian, disse que escolheu o Brasil como seu mercado favorito, entre os mercados emergentes. Na opinião dele, a nota soberana de risco do Brasil deverá ter uma melhora por todas as três principais agências de rating (Moody´s, S&P e Fitch) até o final deste ano. "O Brasil caminha para um rating de grau de investimento", disse. Para El-Erian, o único fator que "ainda segura" a dívida brasileira neste momento é a crise política, e a preocupação que ela causa a alguns investidores. "Mas o desempenho econômico do Brasil tem sido muito bom: as reservas internacionais estão elevadas, a gestão da dívida é competente, entre outros fatores", disse.

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