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JP Morgan prevê recorde em emissões de bônus corporativos

Empresas de países emergentes estão aproveitando os custos baixos e a demanda ampla dos investidores, afirmaram os estrategistas do banco

Por Álvaro Campos e da Agência Estado
Atualização:

As empresas dos países em desenvolvimento devem emitir US$ 180 bilhões em bônus até o fim deste ano, quebrando os recordes anteriores. As empresas estão aproveitando os custos baixos e a demanda ampla dos investidores, afirmaram os estrategistas do JPMorgan. A nova projeção supera com folga o recorde anterior, de US$ 153,1 bilhões, atingido em 2007, e está bem acima dos US$ 136 bilhões que o banco havia previsto anteriormente para este ano.

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Desde o começo do ano, as empresas de países emergentes levantaram mais de US$ 136 bilhões, dos quais cerca de US$ 56 bilhões vieram da América Latina. "Os emissores asiáticos devem dominar as novas emissões, respondendo por aproximadamente metade da nossa previsão para o restante do ano", disse o JPMorgan em nota a clientes. As empresas asiáticas devem encerrar o ano com um total de US$ 62 bilhões em bônus vendidos. Até o momento, elas já levantaram US$ 41 bilhões.

As empresas estão recorrendo mais aos mercados internacionais de capital neste ano porque os ratings de crédito superiores e projeções econômicas melhores estão abrindo essa classe de ativos para mais investidores. Altas taxas de retorno também têm atraído compradores, em um período em que o retorno dos ativos de renda fixa em boa parte dos países desenvolvidos está próximo das mínimas recordes.

O JPMorgan espera que o prêmio de risco do seu Corporate Emerging Market Bond Index Broad, o indicador referencial para essa classe de ativos, atinja 300 pontos-base, ou 3,00 pontos porcentuais, sobre os Treasuries dos EUA no fim do ano. Atualmente, esse spread está próximo de 322 pontos-base. Segundo o banco, a meta representa um retorno total de 14% a 15% em 2010.

Hoje, a petroleira estatal mexicana Pemex emitiu US$ 750 milhões em bônus perpétuos ao par, com yield de 6,625%. As informações são da Dow Jones.

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