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Jucá afirma que reforma da Previdência será fundamental para próximo governo

'Não tem como o Brasil pagar a Previdência a partir do próximo ano, se não fizer uma reforma', afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR)

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Por Redação
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BRASÍLIA-  Depois de o presidente Michel Temer defender, em seu discurso de comemoração dos dois anos de governo, a necessidade de realização da reforma da Previdência, o senador Romero Juca (MDB-RR), líder do governo no Senado, disse que ela será “importante e fundamental”, “não para este, mas o próximo governo” .+ Governo diz que criou empregos e cortou gastos em dois anos de gestão

A fala veio após Temer ter afirmado que a reforma é uma agenda que terá de ser discutida por todos os candidatos às próximas eleições, citando que ela “saiu da pauta legislativa, mas não da política”. Temer tem defendido que, após as eleições, seja possível votar a reforma da Previdência, por conta do tamanho do rombo que ela vem provocando nas contas públicas.

O senador Roméro Jucá (MDB) reconheceu que será difícil votar a reforma da Previdência depois da eleição Foto: Dida Sampaio/Estadão

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“O presidente tem relembrado que a reforma da Previdência é fundamental para o próximo governo. A reforma não beneficia o presidente Michel Temer, nem o seu governo. Ele tentou o tempo todo fazer esta reforma porque sabe - e todos sabem, quem faz conta no Brasil sabe - que essa situação é extremamente grave. Não tem como o Brasil pagar a Previdência a partir do próximo ano, se não fizer uma reforma”, advertiu.+ Acho difícil uma candidatura única de centro prosperar, diz Temer

Jucá reconheceu que será “difícil” votar a reforma da Previdência depois da eleição, porque depende do resultado das próprias urnas. “Mas, sem dúvida nenhuma, essa será a primeira preocupação que o novo presidente terá a partir de primeiro de janeiro”, comentou, acrescentando que “todos os candidatos a presidente em 2018 terão de discutir a previdência e dizer o que vão fazer, sob pena de dizerem uma coisa e fazerem outra depois e isso já mostrou que não deu certo”.

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Candidaturas. Sobre a divisão interna no MDB, onde alguns segmentos defendem que o partido não tenha candidato ao Planalto, o senador Jucá explicou que o trabalho de discussão com os diretórios nos estados ainda está sendo realizado e que uma decisão só virá em final de junho, dependendo do desempenho dos pré-candidatos até lá, nas pesquisas. Mas Jucá fez questão de insistir que o MDB tem não só um, mas dois pré-candidatos ao Planalto, o presidente Temer e o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

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“Nós vamos tomar uma decisão coletiva, única e temos já uma decisão tomada, que nós queremos fazer a maior bancada da Câmara e do Senado, independente de termos ou não candidato à Presidência da República”, comentou. Questionado se um candidato fraco ao Planalto não atrapalharia a formação da bancada no Congresso, Jucá respondeu: “Se um pré-candidato à Presidência da República prejudicar o partido, ele provavelmente não será candidato, porque terá de ser aprovado em uma convenção. Então tudo isso ainda está sendo avaliado”.

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