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Juiz dos EUA convoca nova audiência para debater dívida da Argentina

Thomas Griesa não detalhou o tema do encontro, mas disse que decidiu convocá-lo diante das 'recentes declarações' da Argentina

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e correspondente
Atualização:
Sem pagar os holdouts, a Argentina não pode fazer o pagamento aos credores da dívida reestruturada, conforme decisão de 16 de junho da Suprema Corte Foto: Pablo Corradi/LA NACION

 O juiz federal Thomas Griesa convocou nova audiência para falar da dívida Argentina. O encontro será nesta sexta-feira, 8, às 16h (de Brasília), de acordo com um comunicado assinado pelo juiz. Griesa não dá maiores detalhes sobre o tema da audiência, mas diz que a decisão de convocá-la ocorreu por conta de "recentes declarações" feitas pela Argentina.

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A Casa Rosada apresentou nesta quinta-feira à Corte Internacional de Justiça em Haia, na Holanda, uma ação contra os Estados Unidos. O argumento da Argentina é de que a decisão da Suprema Corte dos EUA favorável aos fundos chamados de "holdouts" viola sua soberania. No entanto, Washington precisa aceitar a jurisdição da Corte de Haia sobre o tema, caso contrário o processo não avança.

Em uma audiência na semana passada, Griesa pediu para a Argentina parar de falar "meias verdades" e continuar negociando com os fundos para buscar um acordo. O juiz se mostrou irritado na audiência por conta de declarações "altamente enganosas" do governo Argentino e destacou que o país precisa cumprir suas obrigações.

A Argentina tem que pagar US$ 1,3 bilhão aos "holdouts", os fundos que não aceitaram às reestruturações da dívida de 2005 e 2010. Sem pagar estes fundos, a Argentina não pode fazer o pagamento aos credores da dívida reestruturada, conforme decisão de 16 de junho da Suprema Corte. O Bank of New York Mellon tem em seus cofres US$ 539 milhões depositados pela Casa Rosada, mas Griesa impediu sua distribuição. Como ainda não houve acordo entre as partes, a o país está em default técnico.

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