NOVA YORK - O juiz Steven M. Gold, da Corte Distrital Leste de Nova York, concedeu na quinta, 12, prisão domiciliar para José Carlos Grubisich, ex-presidente da Braskem, assim que o pagamento de fiança de US$ 30 milhões for feito.
Grubisich foi detido no dia 20 de novembro no Aeroporto John F. Kennedy e levado para uma unidade prisional no Brooklyn. Ele é acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA de ter feito pagamentos ilegais de 2002 a 2014 como parte de um esquema de falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e liberação de recursos para subornos.
A Braskem, controlada pelo Grupo Odebrecht, é uma das maiores petroquímicas das Américas.
O juiz determinou que Grubisich só poderá deixar o local por motivos de saúde, reuniões com o advogado ou para comparecer à Corte. Ele também precisará entregar o passaporte à Justiça. Grubisich ficará em um imóvel alugado pela família em Manhattan.
Na audiência, o advogado Edward Kim apontou que a família tem um total de R$ 200 milhões em ativos disponíveis em contas dos bancos Credit Suisse e Santander. Kim não informou se tais recursos estão no Brasil ou no exterior em agências dessas instituições. Enquanto os detalhes jurídicos não forem concluídos para o pagamento da fiança, que inclui o depósito de US$ 10 milhões em dinheiro, Grubisich continuará preso.
Vestido com camiseta verde, calça azul marinho e tênis, Grubisich mandou um beijo e fez um sinal de agradecimento à família com as mãos ao final da audiência. Os familiares não quiseram comentar.