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Juiz investigará ex-presidente Kirchner por corrupção

Processo iniciado pela líder opositora, Elisa Carrió incluirá relações com Chávez.

Por Greg Morsbach
Atualização:

O ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner, será investigado por um tribunal em conexão com acusações de corrupção. Um juiz disse que também serão levantados alguns aspectos dos vínculos de Kirchner com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Kirchner, que não quis fazer declarações sobre o caso, é o marido da atual presidente argentina, Cristina Fernández. A investigação será feita a pedido da líder da oposição e ex-candidata à Presidência, Elisa Carrió. Os investigadores disseram que as evidências apresentadas por Carrió são suficientes para justificar a abertura de inquérito. Venezuela As acusações contra Kirchner se concentram em 30 supostos casos de corrupção durante seu mandato, que terminou em dezembro de 2007. Carrió garante que o ex-presidente e alguns altos funcionários de seu governo firmaram importantes contratos de construção a determinadas empresas em troca de dinheiro. A investigação também vai examinar um contrato assinado por Kirchner e Chávez em 2004. O documento previa que a Argentina compraria combustível venezuelano e a Venezuela, produtos manufaturados argentinos. A acusação, contudo, diz que US$ 90 milhões de recursos públicos argentinos destinados para este fim desapareceram sem deixar rastro. Esta não é a primeira vez que as relações da Argentina com a Venezuela são alvo de investigação judicial. Um tribunal nos Estados Unidos condenou a penas de prisão dois empresários venezuelanos por atuarem ilegalmente como agentes do governo da Venezuela em território americano em uma iniciativa para silenciar um homem que tentou entrar na Argentina com uma maleta com US$ 800 mil. A mala foi apreendida no aeroporto de Buenos Aires em agosto de 2007. Segundo evidências e depoimentos no julgamento, o dinheiro vinha da PDVSA, a estatal venezuelana do petróleo, e foi enviado por Caracas para financiar a campanha eleitoral à Presidência de Cristina Fernández de Kirchner. Os governos de Venezuela e Argentina rejeitaram as alegações, dizendo que o julgamento teve motivação política. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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