PUBLICIDADE

Juiz manda soltar ex-operador do Santander

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-funcionário do Banco Santander, Lincoln Dias Miranda, preso há dez dias por suposto envolvimento em operações fraudulentas contra o banco, foi colocado em liberdade hoje por determinação do juiz Marcos Zilli, do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo). Miranda foi acusado pelo banco de realizar operações fraudulentas, juntamente com mais dois ex-operadores Marcos Aylon Leão Luz e Roberto Cantoni Rosa que teriam causado um desfalque de pelo menos US$ 1,9 milhão na tesouraria do banco. Ocorre que as supostas operações fraudulentas teriam ocorrido a partir de agosto do ano passado, segundo a própria denúncia encaminhada pelo banco à Delegacia de Roubos de Bancos, do Departamento de Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic). Neste época, Miranda já não trabalhava no Santander desde junho. A afirmação de que eles levavam "uma vida de ricos, muito acima de suas posses reais", feita pelo delegado Rui Ferraz Fontes, que prendeu os três ex-operadores na semana, também foi refutada pelo juiz, no caso de Miranda. De acordo com o despacho que determinou a libertação de Miranda, a "vultuosa soma" recebida por ele, quando da rescisão do seu contrato de trabalho com o banco, justificaria o patrimônio do ex-operador. Os dois outros operadores estão presos e tiveram a prisão preventiva decretada ontem pelo juiz, a pedido do delegado Fontes, que presidiu o inquérito. O inquérito, já concluído, ainda é mantido em sigilo. A Agência Estado apurou que o delegado vai sugerir uma investigação, em outro inquérito, das denúncias feitas pelos ex-operadores contra o banco, no depoimento que prestaram segunda feira. Os ex-operadores negaram as fraudes e disseram que as denúncias contra eles originaram de brigas que tiveram com o superior imediato deles na mesa de operações do banco, Benedito César Luciano. Segundo os dois, eles vinham maquiando resultados nas operações, por ordem de Luciano, para que o balanço do banco apresentasse um lucro menor. Quando decidiram não fazer mais estas operações, teriam começado a sofrer represálias.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.