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Junho ameniza perda de faturamento do comércio paulista

Por Agencia Estado
Atualização:

O comércio da região metropolitana de São Paulo vendeu 4,54% mais em junho, em relação a junho de 2001, e conseguiu atenuar ligeiramente a perda de faturamento acumulada neste ano, que está agora em -1,40%. O comportamento dos diversos setores do varejo não foi uniforme. De acordo com o levantamento realizado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), os bens duráveis e não-duráveis ajudaram a manter o resultado positivo no mês. Os dois grupos registraram uma melhora das vendas de 6,30% e 13,32% respectivamente, ao contrário dos semiduráveis (-24,75%), do comércio automotivo (-24,95%) e das lojas de material de construção (-12,69%), que estão sendo fortemente influenciados por questões conjunturais como taxas de juros, redução da massa salarial e desemprego. Na comparação com maio, o desempenho do comércio foi bem pior. Todos os segmentos pesquisados registraram retração das vendas, com exceção dos móveis e objetos de decoração, que na média subiram 1,10%. Com isso, na média, o faturamento despencou 9,68%. A queda em junho é considerada normal pela federação, em razão do intenso movimento do Dia das Mães em maio, mas foi agravada este ano também pela crise econômica. A maior retração foi no varejo de bens semiduráveis. Na média, o setor perdeu 16,91%, principalmente por causa do segmento de vestuário, que vendeu 18,6% menos. O conjunto dos bens duráveis não ficou atrás, registrando um recuo de 15,11%. A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) revelou também uma retração de 4,76% no comércio de bens não-duráveis e de 12% no comércio automotivo. As lojas de material de construção perderam 7,96% do faturamento. Apesar da crise, o nível de emprego no setor é estável. O total de funcionários empregados no comércio ficou 0,79% acima do que estava em junho do ano passado e caiu 0,05% sobre maio. Nas concessionárias de veículos, no entanto, que há meses vem perdendo clientes, houve uma redução de 10% no quadro de pessoal em relação a junho de 2001. A massa salarial, na comparação com maio, caiu mais fortemente: -3,43%. Porém, subiu 0,38% sobre junho, segundo dados da Fecomercio.

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