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Juro anual nos EUA deve subir para 5,25%, aposta Mantega

"A expectativa é que (a taxa americana) suba agora no dia 29, de 5% para 5,25%, o que já está no preço e, talvez em agosto, na próxima reunião do Fed, eles possam subir mais 0,25", afirmou

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, arriscou nesta sexta-feira uma análise sobre o comportamento da taxa de juros norte-americana, e disse crer que as elevações promovidas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) devem parar em agosto, o que também dará fim à onda de turbulência experimentada pelos mercados internacionais. "A expectativa é que (a taxa americana) suba agora no dia 29, de 5% para 5,25%, o que já está no preço e, talvez em agosto, na próxima reunião do Fed, eles possam subir mais 0,25", afirmou, após conceder palestra no Congresso e Exposição de Tecnologia e Informação das Instituições Financeiras (Ciab 2006) da Federação Brasileiras de Bancos (Febraban), na capital paulista. Com base nessas projeções, o ministro calcula que a forte volatilidade (oscilação) percebida nos mercados deve se encerrar em agosto. Para ele, dado o curto prazo de vida da turbulência, a economia brasileira não deve sofrer qualquer impacto negativo decorrente das incertezas relativas ao ritmo de aperto monetário promovido pelo Fed. "O Brasil hoje está demonstrando uma grande capacidade de resistência a turbulências internacionais. É uma situação inédita no Brasil", analisou, ressaltando que o País tem uma sobra anual de US$ 30 bilhões a US$ 35 bilhões. "Mesmo que tenhamos uma pequena evasão, de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões, ainda teremos uma confortável sobra de moeda forte no País", disse. Mantega disse ainda não acreditar que, por conta da turbulência internacional, o Comitê de Política Monetária (Copom) modifique a trajetória de queda da taxa básica de juros. Segundo ele, não haveria motivos para a volta de um aperto monetário, dado que a inflação tem sido mantida sob controle. "O que o Copom tem que olhar é o comportamento da inflação. Se a inflação tivesse subido como subiu em outros países, aí o Copom tinha que se preocupar, e poderia mudar seu comportamento", finalizou.

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