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Juro ao consumidor tem altas mais expressivas em sete meses

Custo dos empréstimos é atribuída ao novo pacote fiscal do governo para compensar fim da CPMF

Por Ana Luísa Westphalen e da Agência Estado
Atualização:

As taxas de juros das operações de crédito voltaram a subir em fevereiro, repetindo o comportamento do mês anterior. A taxa média de juros para pessoa física e para pessoa jurídica apresentaram elevação ao mês de 0,28% e 0,49%, respectivamente, na comparação com janeiro deste ano. Foram as altas mais expressivas nos juros desde julho de 2007, segundo a Pesquisa de Juros da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). De acordo com a pesquisa, a taxa de juros média geral para pessoa física apresentou elevação de 0,02 ponto porcentual no mês, correspondente a uma elevação de 0,28% em fevereiro, passando de 7,23% ao mês em janeiro para 7,25% ao mês em fevereiro. Com a elevação, a taxa de juros média geral no ano passou de 131,10% ao ano em janeiro para 131,62% ao ano em fevereiro. No mês passado, todas as operações de crédito apresentaram elevação em sua taxa de juros média, com exceção da linha de crédito do cartão de crédito rotativo, que se manteve estável. Pessoa jurídica Segundo a Anefac, a taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou elevação de 0,02 ponto porcentual no mês, correspondente a uma elevação de 0,49% no mês passado, passando de 4,11% ao mês em janeiro para 4,13% ao mês em fevereiro. Com a elevação em fevereiro, a taxa de juros média geral no ano passou de 62,15% ao ano em janeiro para 62,52% ao ano em fevereiro. Todas as linhas de crédito pesquisadas apresentaram elevação. Razões Na avaliação do coordenador do estudo e vice-presidente da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a alta do custo efetivo dos empréstimos pode ser atribuída à introdução do novo pacote fiscal do governo para compensar o fim da Contribuição Provisório sobre Movimentação Financeira (CPMF). Uma das medidas elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de crédito de 1,5% ao ano para 3% ao ano para pessoas físicas, além do IOF adicional de 0,38% nas operações de crédito tanto para pessoa física como para pessoa jurídica. Oliveira também não descarta a influência das incertezas externas, que causam aumento dos juros futuros, e da interrupção dos cortes na taxa básica de juros, a Selic - que é mantida em 11,25% ao ano desde outubro do ano passado - gerando expectativa de eventuais elevações por parte do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central.

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