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Juro baixo atrai investimentos não-financeiros, diz Mantega

Ministro da Fazenda declarou que não haverá um crescimento sólido enquanto o custo do capital se for mais alto do que a taxa média de retorno dos negócios

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo conta com a queda da taxa de juros para tornar os investimentos não-financeiros mais atraentes, disse nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "A economia brasileira vai ter de se acostumar a isso", comentou. "Caminhamos para essa situação em que o rendimento do investimento será superior ao da aplicação financeira. É uma das armas poderosas para alavancar o crescimento do País." Mantega deu essas declarações ao comentar o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso, no qual ele declarou que não haverá um crescimento sólido enquanto o custo do capital se for mais alto do que a taxa média de retorno dos negócios. "É a equação mais básica da economia", disse Mantega. Ele explicou que os empresários dificilmente investirão em habitação, saneamento e infra-estrutura se o retorno desses empreendimentos for menor do que o ganho que ele terá aplicando no mercado financeiro, onde o risco é menor e a liquidez, maior. "O presidente entende mais de economia do que vocês imaginam", disse Mantega, ao ser questionado se havia ajudado a escrever o discurso de Lula. Segundo Mantega, a situação em que os investimentos produtivos renderão mais do que o mercado financeiro está se aproximando, como resultado da política econômica que vem sendo implementada nos últimos anos. "Ela está em curso", disse. Essa tendência, explicou, será aprofundada com o lançamento do pacote de medidas em gestação do governo, batizado de Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O ministro avaliou que o País já está crescendo de forma "vigorosa", se forem considerados os resultados do último trimestre do ano. Segundo Mantega, os balanços anuais de setores como construção civil e montadoras serão "boas notícias". Ele classificou de "vigorosa" uma taxa de crescimento acima de 4% ao ano.

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