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Juro bancário cai ao menor nível desde fevereiro de 2005

A taxa média de cheque especial e a de empréstimo pessoal apresentaram em setembro juros de 8,17% e 5,29% ao mês, respectivamente

Por Agencia Estado
Atualização:

As taxas de juros bancários diminuíram em setembro na capital paulista, conforme levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Fundação Procon-SP. No período, enquanto a taxa média de cheque especial foi de 8,17% ao mês (156,44% ao ano) e apresentou decréscimo de apenas 0,01 ponto porcentual sobre agosto, a de empréstimo pessoal foi de 5,29% ao mês (85,65% ao ano), o que representou declínio de 0,07 ponto. Apesar de ainda não refletirem as seguidas reduções que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vem promovendo há um ano na taxa básica de juros, a Selic(atualmente em 14,25% ao ano), ambas as taxas bancárias atingiram o menor nível desde fevereiro de 2005, quando eram de 8,12% ao mês e 5,25% ao mês, respectivamente. Na avaliação do Procon, o resultado da pesquisa continua apontando para o rebaixamento gradual das taxas, mas esta discreta redução "não significa que elas estejam em níveis aceitáveis". Segundo o órgão, que é vinculado à Secretaria da Justiça e de Defesa da Cidadania do governo do Estado de São Paulo, o spread bancário (diferença entre o que os bancos pagam para captar recursos no mercado e o que se cobra do consumidor) continua muito alto. "Apesar do acesso facilitado ao crédito, ainda se apresentam custos elevados para contratar um financiamento", alertaram os técnicos da fundação. "O consumidor deve lembrar que a taxa de juros continua alta e é preciso ter cautela ao contratar qualquer modalidade de crédito. É necessário fazer uma avaliação criteriosa para não comprometer seu orçamento desnecessariamente", acrescentaram. Maiores e menores Em setembro, a pesquisa constatou que a maior taxa de cheque especial foi cobrada pelo banco Itaú (8,50% ao mês) e a menor foi verificada na Caixa Econômica Federal (7,20% ao mês). Nenhuma elevação foi constatada nesta modalidade e apenas duas instituições promoveram redução: o Banco do Brasil alterou para 7,77% ao mês, o que representou decréscimo de 0,04 ponto porcentual e variação negativa de 0,51% sobre agosto; e o Bradesco modificou a taxa para 8,05% ao mês (declínio de 0,04 ponto e variação negativa de 0,49%). Quanto aos juros de empréstimo pessoal, o Itaú novamente apareceu como instituição com a taxa mais expressiva (5,95% ao mês) e a Nossa Caixa apresentou a mais baixa (4,25% ao mês). Nesta modalidade, quatro instituições optaram pela redução e também não foram verificadas elevações ante o mês anterior. O HSBC alterou a taxa para 4,27% ao mês (decréscimo de 0,53 ponto porcentual e variação negativa de 11,04% sobre agosto); a Caixa Econômica Federal modificou para 4,76% ao mês (queda de 0,05 ponto ou 1,04%); o Banco do Brasil reduziu para 4,72% ao mês (baixa de 0,04 ponto e variação negativa de 0,84%); e o Bradesco alterou para 5,59% ao mês (queda de 0,04 ponto ou 0,71%). Os técnicos do Procon destacam que, em virtude da possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal pelo prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses como base, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Os dados coletados referem-se a taxas máximas prefixadas para clientes não-preferenciais, sendo que, para o cheque especial, foi considerado o período de 30 dias. A pesquisa divulgada nesta quarta-feira foi realizada entre os dias 1º e 4 de setembro em dez instituições financeiras: HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco.

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