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Juro de empréstimos cai no País após sete altas consecutivas

Segundo levantamento da Anefac, taxa média para os consumidores passou de 7,61% para 7,49% em dezembro

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Por Redação
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As taxas de juros para empréstimos no País caíram em dezembro pela primeira vez em oito meses, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira, 14, pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). De acordo com os dados, o juro médio para a pessoa física caiu 0,12 ponto porcentual, passando de 7,61% para 7,49% ao mês. No caso das empresas, a taxa foi de 4,47% para 4,35% ao mês. Veja também: De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Para a Anefac, a redução, ocorrida após sete meses de alta, foi gerada pelas medidas implementadas pelo Banco Central para injetar liquidez no mercado e também pela pressão do governo pela redução do spread bancário - diferença entre o que os bancos pagam na captação e o que cobram dos clientes. Além disso, segundo o levantamento, contribuíram também a queda nos juros futuros, na expectativa de uma queda da Selic nos próximos meses, e uma maior estabilidade no sistema financeiro internacional. Entre os segmentos específicos, a taxa de juros do cartão de crédito ficou estável em 10,56% ao mês, a maior desde julho de 2003. No caso do cheque especial, houve uma redução de 1,37%, passando a taxa de 8,02% para 7,91% ao mês. Para os empréstimos pessoais, os bancos cobraram em média, em dezembro, juros de 5,60%, ante 5,68% em novembro, e as financeiras registraram taxa de 11,52%, contra 11,70% no mês anterior. Juros X Selic O levantamento destaca que, entre setembro de 2005 e dezembro de 2008, o Banco Central promoveu uma redução de seis pontos porcentuais na taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 13,75% ao ano). No mesmo período, os juros para a pessoa física caíram 3,21 pontos, de 141,12% ao ano em setembro de 2005 para 137,91% ao ano no mês passado. Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma redução de 1,54 pontos, de 68,23% ao ano em setembro de 2005 para 66,69% ao ano em dezembro de 2008, "ficando evidente", segundo a Anefac, que a queda da Selic não foi repassada integralmente aos tomadores de crédito. Recomendações A Anefac ressalta, porém, que "mesmo com a crise de crédito internacional, o sistema financeiro nacional vem expandindo os meios para conceder cada vez mais o crédito às empresas e às pessoas físicas, contribuindo assim para enfrentar este momento e com o desenvolvimento econômico do Brasil." Assim, como prevê a associação, o volume de crédito vai continuar registrando crescimento nos próximos meses, em virtude do crescimento econômico. O relatório ressalta, entretanto, que "é preciso que o consumidor saiba como usar o crédito para melhorar a sua vida sem gerar problemas".

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