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Juro é o maior desde 2006; cheque especial cobra 174,8%

Crescimento na taxa é determinante para alta do juro médio do crédito no País, que atinge 44,1% em novembro

Por Fabio Graner e da Agência Estado
Atualização:

A taxa média de juros cobrada nos empréstimos ao consumidor em novembro subiu quase quatro pontos no mês, de 54,9% ao ano para 58,7%, atingindo o maior nível desde março de 2006. No cheque especial, modalidade campeã de juros altos, o juro subiu de 170,8% ao ano para 174,8%. Segundo os dados divulgados nesta terça-feira, 23, pelo Banco Central, o movimento foi determinante para o crescimento do juro médio do crédito livre no País, que atingiu 44,1% no mês passado.   Veja também: Concessões de crédito caem, mas estoque cresce em novembro   Seguindo na direção contrária, a taxa do segmento pessoa jurídica teve ligeiro recuo em novembro, ficando em 31,2% ao ano ante 31,6% em outubro.   O spread médio das operações de crédito livre - diferença entre o que os bancos pagam na captação do dinheiro e o que cobram dos consumidores - subiu de 28,4 pontos porcentuais em outubro para 30,3 pontos porcentuais em novembro. O spread médio para a pessoa física passou de 39,8 pontos para 43,6 pontos, também o maior desde março de 2006. Para a pessoa jurídica, o spread subiu de 17,5 pontos para 18,3 pontos, atingindo o maior nível desde o início da série histórica, em 1994.   Nos últimos 12 meses, os juros médios no sistema financeiro subiram 9,4 pontos porcentuais. A taxa para a pessoa física acumula alta de 13,9 pontos porcentuais, enquanto os juros cobrados das empresas acumulam alta de 7,9 pontos porcentuais.   A inadimplência do crédito livre ficou estável em 4,2% em novembro, na comparação com outubro. Em 12 meses, a inadimplência teve recuo de 0,3 ponto porcentual.

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