Em decisão inesperada, o banco central dos Estados Unidos (Fed) reduziu o juro básico do país de 4,25% ao ano para 3,5% ao ano. O corte, anunciado nesta terça-feira, 22, de 0,75 ponto porcentual, é a maior redução promovida pelo Fed desde 1984. Apesar disso, analistas consideram que o juro americano deve cair ainda mais na reunião mensal do Fed marcada para o dia 30 de janeiro. As apostas dividem-se em mais um corte de 0,25 ponto porcentual e 0,5 ponto porcentual. Veja também: Fed anuncia corte emergencial em juro dos EUA, para 3,5% Turbulência nos mercados: entenda o nervosismo de hoje Celso Ming comenta a crise no mercado financeiro Mercados têm reação positiva ao corte do juro nos EUA Os efeitos da crise do setor imobiliário dos EUA A decisão de hoje também foi a primeira emergencial desde os ataques terroristas de 2001. Contudo, a redução emergencial, anunciada sete dias antes da próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto, apenas serviu para ilustrar a situação de extrema instabilidade e desordem atual dos mercados. O corte não gerou nenhum consenso entre analistas, ministros e economistas sobre o impacto que terá no longo prazo. A redução, que veio associada a um corte da taxa do redesconto - empréstimo entre bancos -, também foi insuficiente para resgatar a normalidade e a oscilação prosseguiu como fio condutor das ações, moedas e outras classes de ativos. Às 15h40, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta de mais de 4%. Em Nova York, o mercado de ações está em baixa. O índice Dow Jones recua 1,32%.