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Juro nos Estados Unidos sobe pela 10ª vez consecutiva

Por Agencia Estado
Atualização:

Como já era esperado pelo mercado financeiro e por economistas dos EUA, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) decidiu nesta terça-feira elevar a taxa de juros do país em 0,25 ponto porcentual. Com isso, os juros norte-americanos passaram de 3,25% para 3,5%. Trata-se da décima alta consecutiva das taxas de juros nos Estados Unidos. Com esta decisão, a taxa de referência do banco central americano, o Fed funds, chega ao nível mais alto desde agosto de 2001 e fica mais de três vezes acima do patamar de 1% ao ano registrado em junho de 2004, quando foi iniciada uma campanha gradual de elevação dos juros. Impacto para o Brasil O aumento dos juros norte-americanos tente a pressionar para cima as taxas nos mercados do mundo todo. Isso porque os papéis norte-americanos são considerados sem risco e, oferecendo um prêmio maior, acabam atraindo mais investidores. Para manter-se atraente ao interesse do investidor, os títulos da dívida de outros países, portanto, teriam que oferecer juros também mais altos. Caso este cenário se confirme, para o Brasil, isso representa um encarecimento da dívida indexada às taxas de juros. Perspectivas É cada vez maior o número de analistas que prevêem que o Fed continuará aumentando os juros durante as três reuniões que faltam até o final do ano, o que deixaria os juros em 4,25%. A força da economia americana - que cresceu a um ritmo de 3,4% no segundo trimestre - e o temor de uma alta inflacionária levaram o Fed a aumentar os juros desde junho de 2004. Os especialistas consideram que a pressão inflacionária continua sendo benigna, embora apontem que os dados não são suficientemente favoráveis para que o Fed baixe a guarda.

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