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Juros ao consumidor demoram a cair

Os juros do crédito ao consumidor não devem sofrer quedas significativas nas próximas semanas. Depois da manutenção da taxa básica de juros, Selic, em 16,5% ao ano, as financeiras esperam uma definição do cenário e estão de olho na inflação.

Por Agencia Estado
Atualização:

Há um consenso no mercado de que a decisão do governo de manter inalterada a Selic não vai causar impacto no crédito ao consumidor. Nem para pior, nem para melhor. A maioria das financeiras leva em conta outros fatores, como a inadimplência e a expectativa de inflação antes de reduzirem mais os juros do empréstimo pessoal. Segundo o diretor da financeira Grupo Kaysser, Jorge Kaysserlian, a taxa Selic influencia pouco a política de crédito. "O crédito pessoal é o produto que mais dá prejuízo às financeiras, pois além dos gastos operacionais (treinamento de funcionários, manutenção da estrutura de telemarketing, etc) e captação de clientes, há grandes perdas ocasionadas pela inadimplência, que chega a 10%", diz. A maioria das financeiras cobra taxas de juros de 9% a 12% ao mês. Para a Fininvest, outros fatores, como o custo do dinheiro e impostos, são decisivos para repassar os ganhos da empresa, vindos com o aquecimento da economia, para o consumidor. Financeiras esperam definição do cenário econômico A Fininvest vem reduzindo as taxas progressivamente, acompanhando as tendências do mercado e seguindo as imposições do governo em relação à taxa Selic. A última redução, de 9,3% para 8,9% de juros ao mês (para São Paulo), ocorreu no começo de agosto. O Banco Panamericano também prefere não tomar decisões precipitadas. Ao invés de modificar as taxas de juros frente a qualquer decisão do Copom, seus analistas financeiros traçam um panorama do mercado para ver como ele se comporta. Só depois, decidem repassar as alterações a seus clientes.

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